Se os ministros de Costa começaram por ser todos iguais e depois apareceram os superministros (ou ministros de Estado), o próximo Governo vai ter uma hierarquização vertical. Com um número 2 formal (tipo vice-PM). E António Costa Silva pode entrar para a pasta da Economia.
António Costa vai impor uma hierarquização bem definida no seu novo Governo, com um número dois formal (que pode mesmo ter a designação de vice-primeiro-ministro). A decisão está tomada e fechada, apesar do atraso imposto pela repetição das eleições no círculo da Europa e da guerra na Europa, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, terem obrigado o primeiro-ministro a olhar para as suas opções ministeriais e a reacertar algumas das agulhas, apesar de não afetar a orgânica já desenhada.
Com efeito, se a guerra na Ucrânia colocou em alerta os Governos por todo o mundo, e em especial na Europa, agora, mais do que nunca, os ministros dos Negócios Estrangeiros, bem como os titulares da pasta da Defesa têm trabalho redobrado.
É neste âmbito que Costa poderá querer manter João Gomes Cravinho com maiores responsabilidades na gestão desta ‘crise’ – seja nomeando-o para os Negócios Estrangeiros (dando cobertura à entrada de Ana Catarina Mendes na Defesa), seja mantendo-o com a tutela dos militares – caso em que António Costa teria de entregar outra pasta setorial à sua ainda líder parlamentar, falando-se na hipótese das Infraestruturas (se Pedro nuno Santos for confirmado na Economia) ou até na Agricultura (que será um superministério, com regresso do Mar e das Florestas).
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Na Agricultura, por exemplo, as movimentações vão de norte a sul do país, ou do Minho ao Alentejo. Enquanto Joaquim Barreto é um dos nomes falados para uma secretaria de Estado (nomeadamente das Florestas), Pedro do Carmo é outro, podendo trocar o lugar no secretariado do partido pela outra Secretaria de Estado na Agricultura.
Já João Galamba, atual secretário de Estado da Energia é falado no setor como podendo manter-se no cargo, apesar das notícias veiculadas (incluindo pelo Nascer do SOL) em sentido contrário. Pelo menos, esse tem sido o sinal dominante nas reuniões que o governante tem mantido nas últimas semanas.