O primeiro-ministro, António Costa, destacou esta sexta-feira como um momento “particularmente saboroso” do encontro do Conselho Europeu a aprovação das linhas gerais do orçamento para a zona euro. Apesar de sublinhar a importância deste instrumento para cumprir as recomendações europeias, admite o desejo de um “maior envelope financeiro”.
Costa sublinhou o “acolhimento favorável ao conjunto do trabalho desenvolvido pelo Eurogrupo, quer para concluir a reforma do mecanismo europeu como para avançar com aquela que tem sido a grande batalha, que é a construção do instrumento orçamental para a zona euro”, em declarações à saída da cimeira, transmitidas pela RTP 3.
O instrumento, que terá como destino o investimento e as reformas, terá por “base a dotação orçamental que já constava na proposta da Comissão”, da qual 17 mil milhões de euros são destinados a países da zona euro. “Todos desejaríamos que o instrumento orçamental pudesse crescer com maior envelope financeiro, mas mais importante é começarmos a fazer caminho”, ressalvou o primeiro-ministro.
Por decidir ficaram pormenores como a distribuição das verbas pelos países. “O calendário ficou afixado”, disse Costa, que espera que “haja acordo rápido sobre a chave de repartição de forma a que no quadro de aprovação fique totalmente esclarecido”.
Para o líder do Executivo, este instrumento vem “completar mecanismos que já temos, na politica de coesão ou agrícola, para poder financiar investimentos que Portugal tem de fazer”, nomeadamente para “corrigir e ultrapassar o atraso face a Europa”, bem como dar resposta às recomendações de Bruxelas.