Os preços dos alimentos dispararam após uma corrida aos supermercados, em janeiro passado, quando as autoridades colocaram várias cidades da província de Hubei em quarentena.
O preço dos alimentos na China subiu em fevereiro 21,4%, em termos homólogos, à medida que as medidas para conter a propagação do Covid-19 paralisaram o país asiático, com o bloqueio de cidades e transporte de mercadorias.
No conjunto, a inflação aumentou 5,2%, duas décimas abaixo de janeiro, quando atingiu o máximo em oito anos, mas muito acima da meta oficial de 3%, segundo os dados do Gabinete Nacional de Estatísticas chinês.
O preço da carne de porco, que no ano passado mais do que duplicou devido a um surto de peste suína, que interrompeu o fornecimento doméstico, aumentou 9,3%, em relação a janeiro.
O Governo não fez uma comparação homóloga com fevereiro de 2019.
O preço dos legumes frescos subiu 9,5%, em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Os preços dos alimentos dispararam após uma corrida aos supermercados, em janeiro passado, quando as autoridades colocaram várias cidades da província de Hubei em quarentena.
O Governo anunciou, entretanto, medidas para travar a especulação nos preços de bens alimentares.
A restrição na movimentação de centenas de milhões de pessoas e outros controlos interromperam o transporte de alimentos para as cidades chinesas e o fornecimento de ração animal para os agricultores, levando ao esvaziamento das prateleiras dos supermercados temporariamente.
O Partido Comunista ordenou, entretanto, que as autoridades locais acelerassem o fornecimento aos mercados.
O surto do novo coronavírus surgiu numa altura em que os líderes chineses tentavam reconstruir a indústria suína do país, que levou ao abate de mais de um milhão de animais.
Pequim prometeu subsídios aos agricultores e outras ajudas, mas analistas consideram que a produção de carne de porco da China não voltará ao normal até ao próximo ano.