A solução para alimentar a crescente população mundial sem usar mais recursos naturais pode estar na agricultura regenerativa, um modelo de produção em que a inovação se encontra com a tradição.
As projeções das Nações Unidas indicam que no ano 2030 seremos 8,5 mil milhões de pessoas no planeta e que, em meados do século, chegaremos aos 9,7 mil milhões de bocas para alimentar, o que obrigará a aumentar a produção agrícola em 40% nas próximas três décadas, e simultaneamente a reduzir a sua pegada ambiental.
A agricultura regenerativa pode ser a resposta para este desafio de dimensões globais. Em muitos aspetos, a agricultura regenerativa é tão antiga como a própria agricultura, sendo um modelo de produção de alimentos no qual a inovação se encontra com a tradição. Centra-se na reabilitação da saúde do solo, estimulando e mantendo a sua fertilidade e biodiversidade, através de técnicas e práticas agrícolas que o protegem.
Para a Syngenta, uma empresa multinacional da área das sementes e da proteção das plantas, a agricultura regenerativa pode apoiar a transformação dos sistemas alimentares mundiais e está a ajudar os agricultores a fazer a transição para práticas de agricultura regenerativa com benefício para os próprios agricultores, para a sociedade e para o planeta.
Tornar mais sustentável o cultivo do tomate no Ribatejo
Em Portugal, um dos maiores e melhores produtores mundiais de tomate para transformação em polpa e outros derivados, cultiva-se anualmente, sobretudo no Ribatejo, mais de um milhão de toneladas de tomate, que é transformado em fábricas da região e exportado para todo o mundo. No entanto, o sistema atual de monocultura do tomate, e com intensa mobilização do solo, esgota e empobrece os terrenos.
Um consórcio de investigação está a estudar uma nova forma de produzir tomate no Ribatejo, aplicando os […]