A CONFAGRI e a FENADEGAS reuniram-se ontem com o Ministro da Agricultura e Mar para apresentar um conjunto de 70 medidas destinadas a mitigar os problemas que afetam o setor vitivinícola e a promover o seu crescimento sustentado, devendo estas ser integradas com as já existentes e sugeridas, anteriormente, por outras organizações do setor.
O documento entregue a José Manuel Fernandes reflete uma abordagem estratégica assente em cinco grandes áreas: o papel do Instituto da Vinha e do Vinho, a Vitivinicultura Portuguesa, os Mercados, o Cooperativismo e as Ameaças ao Setor.
Segundo António Mendes, Presidente da FENADEGAS, “O conjunto de medidas apresentadas terá sempre como grande objetivo a proteção de quem produz uvas em território nacional de
forma séria e competitiva, salvaguardando sempre os interesse de toda a fileira com inclusão da defesa dos consumidores.”.
Entre os temas mais controversos destacados pela CONFAGRI e pela FENADEGAS está a Taxa do Ponto Verde, que poderá ter impactos diretos tanto para o setor empresarial como para os
consumidores. De facto, segundo as organizações, registou-se um aumento substancial na taxa de gestão de resíduos de embalagens, com valores que mais do que duplicaram em 2025, verificando-se, em muitos casos, aumentos superiores a 160%.
Em defesa do setor, Idalino Leão, Presidente da CONFAGRI, ressalva que “A taxa em questão é um acréscimo de custos para a produção e, por conseguinte, para os consumidores, o que
naturalmente acabará por ter impacto no rendimento do setor.”, acrescentado que “É urgente que o Governo reverta a decisão tomada com efeitos a partir de 2025 e que reavalie os critérios e valores definidos para esta taxa.”.
Fonte: CONFAGRI e a FENADEGAS