A Comissão Europeia propôs hoje nova legislação sobre monitorização das florestas que prevê a criação de um sistema de controlo das florestas na União Europeia (UE) e a recolha de dados florestais, que serão partilhados pelos Estados-membros.
A intenção do executivo comunitário é reforçar a informação sobre as florestas europeias, a partir de sistemas já existentes, de modo a permitir a melhoria da resposta às pressões sobre as florestas e reforçar a sua resiliência.
Com a nova legislação sobre monitorização, Bruxelas quer, nomeadamente, desenvolver “um sistema de cartografia e localização de unidades florestais”, criar “um quadro de recolha de dados florestais”, e ainda lançar um “quadro de partilha de dados florestais”, segundo um comunicado.
No que se refere à recolha de dados, prevê-se a combinação de dados normalizados, para os quais a Comissão fornecerá “um serviço rentável, principalmente a partir da observação da Terra (Copernicus)”, e dados harmonizados, provenientes dos inventários florestais nacionais, que sejam comparáveis em toda a Europa.
De acordo com a proposta, melhorar a monitorização irá também facilitar a adoção de medidas face a ameaças transfronteiriças de pragas, secas e incêndios florestais exacerbados pelas alterações climáticas e permitir novos modelos de negócio, como a agricultura de baixo carbono.
Por exemplo, o fornecimento de madeira foi estimado em cerca de 16 mil milhões de euros em 2021 e a captura de carbono em 32,8 mil milhões.
De acordo com dados de Bruxelas, as florestas da UE defrontam-se com a perda de biodiversidade, com a ocorrência de fogos florestais (900 mil hectares destruídos em 2022), seca e outras pressões devidas às alterações climáticas, como a subida das temperaturas.
A proposta terá de ser aprovada pelo Parlamento Europeu e o Conselho da UE.