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– 17-05-2004 |
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Ciência : Biotecnologia representa grande potencial para a agriculturaRoma, 17 Mai No relatório anual sobre segurança alimentar 2003-2004, a FAO afirma que "as culturas de subsistência de base dos países pobres (mandioca, batata, arroz e trigo) têm pouca importância para os cientistas". "Nem o sector privado, nem o sector público investiram de forma importante nas novas tecnologias genéticas em proveito das "culturas indígenas", como alguns tipos de feijão, de milho e o sorgo", sublinhou Jacques Diouf, director geral da FAO. "Os cientistas dizem que as culturas transgénicas produzidas actualmente e os alimentos daí derivados podem ser consumidos", afirma o director geral da FAO, reconhecendo, contudo que "são pouco conhecidos os efeitos a longo prazo" do seu consumo. "As dúvidas legítimas sobre a segurança sanitária de qualquer produto transgénico devem ser levantadas até à sua disseminação", disse Jacques Diouf, acrescentando que se impõe uma vigilância permanente. No relatório, a FAO refere igualmente que "a biotecnologia é uma ferramenta da revolução genética". "A controvérsia sobre as culturas transgénicas não deverá desviar a atenção do potencial oferecido pelas outras aplicações da biotecnologia, nomeadamente as relacionadas com os genomas, a selecção assistida e as vacinas veterinárias", acrescenta. A FAO sublinha que nos próximos 30 anos a agricultura deverá alimentar dois mil milhões de pessoas no total, enquanto mais de 70 por cento dos pobres do mundo viverão no meio rural. As novas tecnologias permitem aumentar os rendimentos e melhorar a qualidade nutricional dos alimentos. Por outro lado, a biotecnologia poderá fornecer aos agricultores material vegetal livre de doenças, permitir a elaboração de variedades resistentes às doenças. Os estudos mostram que muitas culturas que interessam aos agricultores dos países pobres são negligenciadas pela investigação, considera a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação. A FAO destaca ainda a ausência de programas públicos ou privados sobre as variedades vegetais ou animais de onde os agricultores tiram a sua subsistência. O relatório revela ainda que a maior parte dos investimentos do sector privado estão concentrados em quatro culturas: algodão, milho, colza e soja. Seis países (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Africa do Sul e Estados Unidos da América), quatro culturas (milho, soja, colza e algodão), assim como duas características – resistência aos insectos e tolerância aos herbicidas – representavam 99 por cento da superfície mundial das culturas transgénicas em 2003. Contudo, muitos países em desenvolvimento têm poucas hipóteses de retirar proveitos da revolução genética, devido à fraca capacidade nacional de realizar investigação agrícola. No contexto da mundialização, a investigação biotecnológica continua a ser dominada pelo sector privado. As dez maiores companhias transnacionais especializadas neste domínio gastam mais de três mil milhões de dólares por ano na investigação, revela o relatório. Em comparação, o Brasil, a China e a Índia, que são os países em desenvolvimento com os melhores programas de investigação agrícola públicos, despendem menos de 500 milhões de dólares por ano. Nos poucos países em desenvolvimento onde as culturas transgénicas foram introduzidas, os pequenos camponeses foram largamente beneficiados. Na China, mais de quatro milhões de pequenos camponeses cultivaram algodão resistente aos insectos em cerca de trinta por cento da superfície nacional plantada com algodão. Os rendimentos provenientes da variedade transgénica foram 20 vezes superiores e o custo dos pesticidas inferior em 70 por cento.
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