A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) estimou hoje que os furtos nos postos de transformação elétricos nas explorações agrícolas geraram um prejuízo superior a um milhão de euros no último ano e pediu o reforço da vigilância.
“A CAP tem vindo a receber das suas associadas, ao longo dos últimos meses, sobretudo nas últimas semanas, informações preocupantes sobre uma vaga de furtos de postos de transformação de eletricidade em propriedades situadas especialmente nas regiões do Ribatejo e do Alentejo”, apontou, em comunicado.
O objetivo destes furtos é a retirada de cobre dos equipamentos para posterior revenda.
No último ano, segundo os dados da CAP, verificaram-se mais de uma centena de roubos, com os prejuízos a ultrapassarem um milhão de euros.
Estes postos servem os sistemas de rega das explorações agrícolas e fornecem energia às habitações das propriedades.
A CAP sublinhou ainda que, devido à “enorme frequência” dos furtos, as companhias não aceitam segurar os postos de transformação.
“[…] Além deste prejuízo, há ainda que ter em consideração as avultadas perdas que decorrem da impossibilidade de rega das culturas enquanto o equipamento não é substituído”, acrescentou.
Perante este cenário, a confederação liderada por Álvaro Mendonça e Moura pede que se intensifique a vigilância e a presença de forças de segurança, que se reforce a fiscalização, “criando mecanismos que permitam rastrear a venda deste material roubado”, e que se agrave a moldura penal para este crimes.
“Só uma ação concertada entre as autoridades e as organizações de agricultores poderá garantir a segurança do mundo rural, fator determinante para o desenvolvimento das atividades agrícolas e para a permanência das populações”, concluiu.