“Para o curamento das carnes, fumeiros. Há alguma bicharada que tem tendência para morrer e com o calor sobrevivia”, dizem agricultores transmontanos.
Esta foi uma das noites mais frias deste inverno com algumas zonas do distrito de Bragança a registarem temperaturas próximas dos -5ºC. Mas este é um tempo benéfico para a agricultura.
O frio chegou finalmente à terra dele. Depois de um início de inverno ameno em Trás-os-Montes, com temperaturas acima da média, eis que a estação se impõe com o seu rigor habitual.
Nalguns locais do distrito de Bragança a mínima registada esta noite rondou o 5 graus negativos. Não é fácil para quem enfrenta a geada da manhã, mas os transmontanos já estão habituados.
No meio rural, os campos amanhecem gelados, mas este frio é benéfico para a agricultura, como explica Rui Balesteiro.
“Se não viesse este gelo, as árvores daqui a 8,15 dias estavam a rebentar, a geada queimava e já não havia produção”.
E o frio no seu tempo é útil para todas as atividades ligadas à terra:
“Para o curamento das carnes, fumeiros. Há alguma bicharada que tem tendência para morrer e com o calor sobrevivia”.
E nesta época, em que a agricultura está praticamente parada, as temperaturas vão continuar baixas no Nordeste Transmontano, o aviso meteorológico amarelo, por causa do frio, deverá manter-se até ao fim de semana.