Um protocolo aprovado hoje em reunião da Câmara de Coimbra prevê a plantação de 608 árvores em vários pontos da cidade, que se juntam às mais de 600 plantações já previstas no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego.
O protocolo entre a Metro Mondego (MM) e a Câmara Municipal de Coimbra dá seguimento àquilo que tinha sido a revisão dos projetos da empreitada do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que anulou alguns dos mais de 600 abates previstos e definiu um compromisso da entidade que irá assegurar a operação do ‘metrobus’ na cidade de plantar três árvores por cada abatida no decurso das obras.
Para além das mais de 600 previamente previstas, o protocolo define a plantação de mais 608 árvores, a decorrer em terrenos públicos municipais, definido três locais específicos, afirmou hoje a vereadora com as pastas do urbanismo e mobilidade, Ana Bastos.
O protocolo prevê a plantação de 436 árvores na ribeira do Vale das Flores, cujo projeto já tinha sido previamente discutido em reunião do executivo e 106 em quatro espaços específicos da rua António Ferreira Correia, por “a concentração de infraestruturas subterrâneas sob os passeios impossibilitou a plantação de árvores ao longo do arruamento”, explicou a vereadora.
Outras 66 árvores serão plantadas em alguns locais da zona da Solum, acrescentou.
O protocolo que foi aprovado por unanimidade estipula que a MM fica responsável por elaborar os projetos de plantação e, em articulação com a Câmara de Coimbra, assegurar a concretização do Plano de Reforço da Estrutura Arbórea, no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), aclarou Ana Bastos.
Questionada pela agência Lusa sobre onde serão plantadas as restantes árvores para garantir o compromisso de três plantações por cada abate, a MM vincou que o protocolo com a Câmara diz respeito apenas a árvores plantadas em espaço público municipal.
Nesse sentido, para alcançar a meta definida, a MM deverá avançar com plantações “em espaços de outras entidades com quem venham a ser estabelecidas idênticas parcerias de reforço arbóreo, como aconteceu com os CHUC [Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra]”, referiu fonte oficial da MM, em resposta escrita à Lusa.
A MM esclareceu também que não será possível fazer a compensação dos abates “exatamente nos mesmos locais, porque existe a conversão de alguns espaços que eram taludes, espaços sobrantes, onde encontravam algumas árvores e que passam a ser canal do SMM ou afetas à sua integração funcional”.
“O projeto já previa que a compensação pudesse ser localizada onde esta se revelasse viável. A MM tem privilegiado a identificação de espaços onde possam ser criadas bolsas com alguma expressão para plantação de um número significativo de árvores”, salientou a entidade.
A Metro Mondego deu ainda como exemplo de plantações fora do espaço público municipal a possibilidade, que está em análise, de ser feita uma plantação em parceria com a Águas do Centro Litoral, “estando em causa 450/500 árvores”.
Vincando que este ainda é um processo “em aberto”, a MM referiu que um dos locais que está a ser considerado no âmbito de uma eventual parceria com a Águas do Centro Litoral “fica no perímetro da ETAR [Estação de Tratamento de Águas Residuais] do Choupal”