MERCADO EUROPEU
A falta de porcos continua a ser uma evidência, como demonstram a quebra dos pesos ao abate registada em Espanha (-273 gramas que na semana anterior), dado até bastante surpreendente porque não se esperava que a recuperação dos dias sem abates no período Pascal fosse tão rápida.
Comparando com o ano anterior, os pesos ao abate estão 2,5 kg mais altos, o que revela que os produtores estão a reter os porcos para aumentar a sua rentabilidade.
Com este cenário, a tendência será inevitavelmente de subida nas próximas semanas mas, para já, a indústria respira da situação aflitiva em que se encontra por toda a Europa.
Vejamos então o que nos indicam as diversas Bolsas europeias para esta semana:
Tendência Geral:
No seu relatório trimestral sobre a produção suinícola, a Rabobank indica um “crescimento económico mais débil está a começar a afetar o consumo de carne de porco. Apesar dos primeiros sinais que a pior fase do impacto inflacionista já passou, é provável que o impacto atrasado no consumo se sinta durante todo o ano de 2023”.
Segundo a Rabobank “numa economia em desaceleração, a carne de porco continua a estar bem posicionada, já que a procura desta proteína é historicamente menos sensível às subidas de preços do que as proteínas mais caras, como a carne de vaca ou o marisco. No entanto, vemos preços persistentemente altos que limitam o consumo de todas as proteínas. Os consumidores continuam a reservar capital pela troca de proteínas mais caras pelas menos caras, como a carne de porco, alterando os canais de distribuição e passando a comprar porções mais pequenas”.
Fonte: FPAS
Bolsa do Porco – Semana 45/2022 – 2,252€ (Descida de 0,020€)