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– 28-11-2007 |
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Azeite: Investigador da UTAD cria processo inovador de tratamento de res�duos dos lagaresUm investigador da Universidade de Vila Real � o autor de um processo "inovador" de tratamento dos res�duos e efluentes dos lagares de azeite das grandes e pequenas unidades industriais, foi ontem anunciado. Jo�o Claro, professor e investigador do departamento de qu�mica da Universidade de Tr�s-os-Montes e Alto Douro (UTAD), disse � Lusa que os res�duos derivados da produ��o de azeite, as designadas �guas ru�as, são "altamente poluentes e continuam a ser um problema ambiental". O respons�vel salientou que aqueles efluentes "t�m uma carga poluente 200 vezes superior ao esgoto dom�stico, causando, por isso, graves problemas ambientais". O investigador disse que o novo processo � "tecnologicamente pouco complexo" e consiste em aplicar aos efluentes dos lagares de azeite res�duos da ind�stria corticeira, resultando num produto "cem por cento natural e orgúnico". "Mistura-se o p� de corti�a, que absorve e incorpora todos os compostos orgúnicos das �guas ru�as e de outros res�duos de lagares de azeite, dando origem a uma esp�cie de pasta ou lama", explicou. Com este m�todo poder� Também ser revolvido parte do problema dos res�duos da ind�stria corticeira nacional, que produz anualmente cerca de 90 mil toneladas de p� de corti�a. "Para tratar todos os efluentes a nível. nacional, seráo necess�rios 20 mil toneladas de p� de corti�a", salientou. O produto final da opera��o poder� ser utilizado como fertilizante, ou componente de fertilizante, para rectificar a alcalinidade dos solos e Também para a produ��o de biomassa, combust�vel destinado � produ��o de energia. De acordo com o investigador, "alguns processos existentes de tratamento dos efluentes s� resolvem parcialmente o problema, ou porque são processos muito caros ou porque exigem grande complexidade t�cnica". Jo�o Claro garantiu que a sua inven��o poder� ser aplicada e � acess�vel a grandes ou pequenas unidades industriais. "Poder� ser criada uma linha de montagem para servir várias unidades industriais ou poder� ser aplicado apenas num lagar, aproveitando os tanques instalados nestas unidades para fazer a mistura, até de forma manual, deixando-se, depois, secar ao sol", frisou. O Gabinete de Apoio � Promo��o da Propriedade Industrial, instalado desde Fevereiro na UTAD, ajudou Jo�o Claro a patentear a sua inven��o. � Também através da UTAD que se pretende obter apoio do Quadro de Refer�ncia Estratégico Nacional (QREN) para financiar a aplica��o deste processo. "Poder� agora ser dado um grande impulso com a o próximo quadro comunitário que está a libertar verbas para apoiar precisamente processos destes, inovadores e apoiados em tecnologias novas", referiu. Jo�o Claro conta com a parceria da Cooperativa de Olivicultores de Mur�a e de empresas que v�o construir centrais de biomassa na regi�o transmontana. O presidente dos Olivicultores de Mur�a, Alfredo Meireles, referiu que, actualmente, a cooperativa está a vender a "pre�os muito reduzidos" as toneladas de baga�o h�mido (baga�o e �guas ru�as) que são produzidos em cada campanha. Esses res�duos são utilizados para a produ��o de �leo de baga�o, que tem como principal destino o mercado espanhol. A remodela��o do sector oliv�cola que se verificou em Portugal nos �ltimos anos levou ao encerramento, s� na regi�o transmontana, de várias dezenas de lagares de azeite. Segundo dados da Direc��o Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), em 1994 estavam em labora��o em Tr�s-os-Montes e Alto Douro 243 lagares, tendo algumas destas unidades encerrado devido �s exig�ncias da União Europeia relativamente ao licenciamento e �s novas exig�ncias ambientais. Este ano, estáo em funcionamento cerca de 110 lagares de azeite. No entanto, a capacidade instalada na regi�o não sofreu altera��es significativas, uma vez que as unidades desaparecidas deram lugar a outras, de maior dimensão, com novas tecnologias, melhores condi��es estruturais, adaptando-se �s exig�ncias da legisla��o em vigor para o sector, nomeadamente em termos ambientais. Cerca de 70 hectares da regi�o transmontana estáo ocupados por olival, que se geram uma produ��o média anual de 13 toneladas de azeite. Na regi�o transmontana existe uma área de produ��o de azeite com a denomina��o de origem protegida "Azeite de Tr�s-os-Montes", que ocupa 71 por cento da área do olival para azeite deste territ�rio. Segundo a DRAPN, os dados dispon�veis até ao momento indiciam que campanha deste ano registar� uma quebra entre os 25 a 30 por cento na produ��o de azeitona para azeite, comparativamente a ano anterior.
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