Apesar dos prémios bonificados e de um resseguro por parte do Estado, os agricultores continuam longe de aproveitar os seguros de colheitas e as seguradoras continuam com pouco apetite por este risco.
O ministério da Agricultura acaba de atualizar as tabelas de preços de referência e de produtividades de referência a aplicar no âmbito do sistema de Seguros de Colheitas Agrícolas para 2023. Estes seguros são apoiados pela União Europeia através de um subsídio aos prémios atribuídos aos agricultores que, por outra via, tem uma garantia opcional de o Estado funcionar como ressegurador das companhias que exploram este ramo dos seguros agrícola.
As seguradoras interessadas não são muitas. Tranquilidade, Fidelidade e CA Seguros repartiram quase todo o mercado que valeu em prémios cerca de 28 milhões de euros em 2022. No ano passado também começaram a entrar neste ramo a Caravela e a UNA. No lado dos corretores destacou-se a corretora Atlas, agência subscritora de especilaização agrícola liderada por Frederico Bernardino, que estabeleceu parceria com a seguradora japonesa Sompo International e a sua plataforma AgriSompo. Ainda participante tradicional é a Cegrel de Miguel Fino e do Grupo Villas Boas e, mais recentemente, a Safe-Crop de Filipe Charters de Azevedo.
Os valores a segurar por cada exploração começam nas tabelas de referência publicadas pelo Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) do Ministério da Agricultura e Alimentação (MAA). Para as campanhas de 2023 foram agora publicadas e multiplicando a produtividade por hectare de cada cultura estimada pelo preço de referência, pode calcular-se os capitais a segurar por cada cada cultura em determinada área existindo ainda 5 divisões geográficas do país, com diferentes riscos e tarifas.
Os riscos mais frequentemente cobertos são os causados por fenómenos extremos […]