A atividade agrícola é uma das mais penalizadas pelos ataques cada vez mais frequentes de lobos e javalis. Também as orcas não dão descanso aos veleiros. E as preocupações estendem-se a outras espécies, como a vespa asiática.
Os alertas não param. Os ataques das orcas às embarcações têm vindo a aumentar. As invasões de lobos e javalis deixam um rasto de destruição, principalmente em zonas agrícolas. Os tubarões são cada vez mais avistados na costa portuguesa. As vespas asiáticas não dão tréguas e surgem peixes-aranhas em águas frias onde até aqui nunca tinham surgido. Afinal, o que se passa?
Só no ano passado foram registadas mais de 200 interações entre orcas e barcos na costa atlântica de Portugal e Espanha, um comportamento que os especialistas consideram intrigante, o que levou à criação de um grupo de trabalho Orcas Atlânticas, formado por especialistas da costa ibérica. De acordo com os dados deste grupo, a maioria das embarcações com as quais as orcas interagem são veleiros, tanto monocascos (72%) como catamarãs (14%), embora também existam interações com barcos a motor (6%), semirrígidos (5%) e barcos de pesca (apenas 3%). Já o tipo de leme mais comum foi o de pala (em 67% dos casos), seguido do semi-apoiado (em 22%) e por último o articulado (apenas 1%). Em barcos semirrígidos e alguns barcos a motor, o motor é fora-de-bordo (aproximadamente 10% dos casos) pelo que o movimento do barco é controlado pelo movimento do motor e não por um leme independente.
Mas os motivos dos ataques dividem os especialistas. Se há uns que dizem que se devem a intenções malignas, há outros que afastam a agressão e apontam para o divertimento.
Os alarmes também têm vindo a soar com os tubarões que têm sido avistados na costa portuguesa, que conta com cerca de 40 tipos diferentes – num total de 500 espécies que existem em todo o mundo. Os especialistas afastam a existência de um maior número de tubarões em Portugal, mas admitem, no entanto, que […]