Uma flor em forma de estrela com um esporão muito comprido é nada mais nada menos do que um Angreacum. O mais conhecido é o Angreacum sesquipedale, também conhecido pela orquídea cometa.
Ele faz parte dum grupo de cerca de 200 espécies, oriundas da África tropical e Madagáscar. Ainda estão a ser descobertas novas espécies nas florestas tropicais de Madagáscar. É uma orquídea monopodial com folhas carnudas ou coreáceas que vão nascendo alternadamente, ora para um lado ora para o outro. Tem raízes compridas que muitas vezes se desenvolvem por cima do substrato. Ao contrário de muitas orquídeas, não têm pseudobolbos e as flores crescem a partir da axila das folhas. Podem formar um grupo ou ser uma flor solitária. São usualmente brancas, embora também possam ser amarelas ou esverdeadas. Algumas plantas têm flores grandes e vistosas, mas a maior parte das flores do Angreacum são pequenas para miniatura e de muita durabilidade. Muitas têm um aroma muito agradável que se sente durante a noite, como é próprio das orquídeas brancas para atrair o seu polinizador, de um modo geral borboletas nocturnas. O mesmo acontece com a Brassovola. Não há uma plataforma para a aterragem dos polinizadores, pois eles preferem pairar mesmo em frente à flor. Todos os Angreacum têm um esporão a sair da parte de traz do labelo, o nectário. É neste esporão que está armazenado o néctar que os polinizadores só com uma língua muito comprida como a famosa borboleta nocturna de Madagascar Sphinx podem aproveitar.
Embora o Angreacum não tenha as cores deslumbrantes de uma Cattleya ou Vanda é muito procurado pelos orquidófilos pelo seu exotismo e o branco das suas flores.
Provenientes do género Angreacum temos a Aeranthes com as suas flores verdes ao longo de uma haste comprida que pode florir durante meses e até anos. Aeranges com as suas flores cheias de aroma que se assemelham a um bando de aves brancas. A Jumellea tem flores brancas como a neve bem perfumadas. E estas são apenas alguns dos géneros angraecoides.
O Angraecum é um dos géneros mais protegido. A união internacional para a conservação da natureza e dos recursos naturais protege algumas das espécies como o Angreacum sororium, endémico do Madagáscar, e sujeito a grandes colectas que levam ao seu desaparecimento.
Temperatura
A temperatura ideal é de 15 a 28º. No entanto se tiver mais 10º ou menos 10º a planta aguenta perfeitamente. Precisam de uma humidade alta, na ordem de 60/80%, pois não têm pseudobolbos para reserva de água. Deve-se manter o substrato húmido e vaporizar todos os dias entre a primavera e o outono, que é o seu período de crescimento. No entanto é aconselhável deixar quase secar entre duas regas.
Luminosidade
Gostam de muita luz mas cuidado com o sol forte que não queime as suas folhas, pois é delas que depende a sua alimentação e portanto elas têm de estar muito saudáveis. A necessidade de luz é superior à da Phalaenopsis mas semelhante à da Cattleya e Vanda. Eles necessitam de muita luz para florir, mas se queimar as folhas devido à incidência de raios solares, essas queimaduras permanecerão por muitos anos, pois as folhas duram muitos anos e além disso pode motivar alguma doença.
Humidade
O Angreacum está adaptado a um clima tropical relativamente seco, daí as suas folhas coreáceas. Mas isto diverge de espécie para espécie, pois eles encontram-se desde o nível do mar até 2000m e nessa altitude as florestas já são mais húmidas.
Rega
As plantas adultas devem ser regadas bem, mas como o substrato tem de ser bem arejado ele não fica muito tempo molhado, isto no que diz respeito às plantas adultas. Os seedlings devem ter o substrato sempre húmido e portanto com uma granulometria mais miúda.
Adubação
Gostam de ser de vez em quando adubados, especialmente entre abril e setembro com a diluição ¼ da diluição normal em cada três regas. Uma vez por mês deve-se fazer uma lixiviação, ou seja deixar correr a água de forma que lave as raízes de sais […]