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– 28-09-2007 |
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Altera��es Clim�ticas: Produção de biocombust�veis amea�a Amaz�nia brasileiraA produ��o de biocombust�veis poder� contribuir com o aumento da desflorestação da Amaz�nia, nos próximos anos, denunciou ontem um respons�vel pelo Greenpeace no Brasil. Paulo Ad�rio, coordenador da Campanha Amaz�nia da organiza��o ambientalista, disse � agência Lusa que as plantações de cana-de-a��car para produ��o de etanol t�m ocupado áreas actualmente destinadas � pecu�ria, nas regi�es centro-sul do Brasil. "A conseq��ncia � que haver� uma r�pida desloca��o da actividade pecu�ria em direc��o � Amaz�nia para ceder espaço aos grandes canaviais", salientou. "O presidente (Luiz In�cio Lula da Silva) virou um verdadeiro caixeiro viajante dos biocombust�veis. Ele s� pensa nisso. A Amaz�nia está frita", criticou. Actualmente, o Brasil � um dos maiores produtores mundiais de carne bovina, com um rebanho de cerca de 195 milhões, sendo 25 milhões (13 por cento) no Estado de Mato Grosso do Sul, na regi�o centro-oeste. Em discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU teráa-feira, em Nova Iorque, Lula da Silva voltou a defender o consumo de biocombust�veis, como forma de reduzir a emissão de gases e contribuir para a redu��o das mudan�as clim�ticas. "não haver� solu��o para os terr�veis efeitos das mudan�as clim�ticas se a humanidade não for capaz Também de mudar seus padr�es de produ��o e consumo. O mundo precisa, urgentemente, de uma nova matriz energ�tica. Os biocombust�veis são vitais para constru�-la", disse. Lula da Silva anunciou que o Brasil vai organizar uma confer�ncia internacional sobre biocombust�veis, no próximo ano, para iniciar "uma ampla coopera��o mundial no sector". Segundo o presidente, a utiliza��o de etanol evitou, nos �ltimos 30 anos, a emissão de 644 milhões de toneladas de CO� para a atmosfera, e que � "plenamente poss�vel" combinar biocombust�veis com preserva��o ambiental. Dados oficiais indicam que as actuais plantações de cana-de-a��car ocupam um por cento das terras cultiv�veis do Brasil. O problema, salientou o coordenador do Greenpeace, � que a produ��o de etanol gera mais lucro ao agricultor do que o cultivo de alimentos, o que faz com que as áreas destinas � cana-de-a��car estejam a aumentar rapidamente. Paulo Ad�rio disse que ainda não h� uma produ��o significativa de cana-de-a��car na Amaz�nia apenas por falta de infra-estruturas, nomeadamente de auto-estradas para transporte da produ��o e de grandes destilarias de etanol. "Apesar de a terra ser muito barata, ainda não � vi�vel plantar cana-de-a��car na Amaz�nia simplesmente porque seria muito caro transport�-la para as destilarias de etanol, localizadas no Sul do país", analisou. A organiza��o ambientalista Também acompanha com apreensão o aumento do valor da soja no mercado internacional, influenciado pela utiliza��o do milho para a produ��o de etanol, nos Estados Unidos. "Historicamente, toda vez que a soja e a carne bovina aumentam de pre�o registamos Também um aumento da desflorestação da Amaz�nia", afirmou. "Isso porque aumenta muito a pressão dos produtores por mais áreas, pela amplia��o da fronteira agr�cola, pela desflorestação e pelas queimadas. Esse cen�rio � muito preocupante", sublinhou. Paulo Ad�rio sublinhou que foi exactamente a quebra do pre�o internacional da soja e da carne bovina, nos �ltimos anos, a respons�vel pela diminui��o da desflorestação da Amaz�nia. Dados apresentados por Lula da Silva, em Nova Iorque, indicam que, entre Agosto de 2005 e Julho de 2006, o ritmo de desflorestação da Amaz�nia diminuiu 25 por cento. A área desflorestada diminuiu para 14 mil quil�metros, em 2006, o que evitou a emissão de 410 milhões de toneladas de di�xido de carbono (CO�), preveniu a destrui��o de 600 milhões de �rvores e a morte de mais de 20.000 aves e 750.000 primatas. "Foi uma diminui��o sens�vel, mas não � motivo para comemora��o. Temos que continuar alerta e apoiar cada vez mais ac��es governamentais de combate � explora��o ilegal de madeira", disse. O ambientalista salientou que imagens de satélite indicam ainda que, entre Agosto de 2006 a Julho de 2007, dever� haver uma redu��o mais significativa da desflorestação. Informa��es não oficiais mostram que a área total desflorestada foi de cerca de 10 mil quil�metros quadrados "a menor da hist�ria", disse. "Se for confirmado esse dado, significar� o terceiro ano seguido de diminui��o de desflorestação, depois de um pico de 27,8 mil quil�metros quadrados, no primeiro ano do Governo de Lula da Silva", afirmou Ad�rio.
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