O Regadio em Portugal – factos, oportunidades e desafios é o título da quinta conferência do ciclo Diversidade Biológica, Desertificação e Sustentabilidade organizado pelo Instituto de Altos Estudos da Academia das Ciências de Lisboa. A palestra de José Pedro Salema, Presidente do Conselho de Administração da EDIA, pode ser vista esta segunda-feira às 18.00 horas por zoom.
O regadio é a solução para a agricultura dos países da Europa do Sul, com zero riscos ambientais, ou esse cenário ideal não existe?
O nosso clima mediterrâneo tem duas características fundamentais – grande irregularidade (intra e interanual) e no período de temperaturas mais altas não há qualquer precipitação. Quando as plantas têm sol e temperatura ótima de desenvolvimento a natureza não providencia a água que precisam. Podemos viver com estas condições e temos que o fazer na maior parte do território, adaptando os sistemas produtivos a esta realidade – por exemplo, privilegiando as culturas que se desenvolvem no outono/inverno ou melhorando as características do solo (um solo rico em matéria orgânica é um enorme reservatório de água e fertilidade e há ainda muito por fazer neste tema). Mas um hectare regado em Portugal pode produzir 10 ou 20 vezes mais riqueza do que em sequeiro porque produz muito mais nas mesmas culturas e viabiliza outras de elevado valor acrescentado, cria mais emprego e fixa população no espaço rural. Numa exploração agrícola esta capacidade produtiva do regadio pode significar a diferença entre a ruína e a sobrevivência, mesmo utilizando apenas 10% da superfície. Não existem atividades com risco zero mas hoje sabemos como podemos minimizar dramaticamente os impactos do regadio, aplicando os princípios da agricultura de precisão, da agroecologia criando bolsas naturalizadas e criando corredores ecológicos junto das culturas […]
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