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– 24-09-2007 |
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Alimentos com pre�os mais altos em 2008O aumento da procura, tanto para alimenta��o como para biocombust�veis, e as p�ssimas colheitas fizeram, no �ltimo ano, disparar os pre�os dos cereais, uma matéria-prima que está na base da maior parte dos produtos destinados � alimenta��o humana. A agro-ind�stria está estrangulada e v� como inevit�vel a subida dos pre�os ao consumidor para o ano. O problema � mundial e Portugal não escapa �s suas consequ�ncias, ainda mais porque importa a maior parte dos cereais que consome. O p�o dever� ser o primeiro produto a fazer reflectir no pre�o o aumento das matérias-primas. Mas todos os outros se dever�o seguir. A Federa��o das Ind�strias Portuguesas Agro-Alimentares (Fipa) considera que os pre�os � sa�da das ind�strias dever�o aumentar entre cinco a dez por cento. Mas esta subida poder� não se reflectir no consumidor na mesma propor��o, porque quem tem a última palavra na fixação dos pre�os � a distribui��o. Por enquanto, os 30 a 50 por cento de aumento do pre�o dos cereais que se regista desde o ano passado estáo a ser acomodados pelos industriais, que estáo a esmagar as suas margens de lucro. Isto porque os contratos com a distribui��o estáo feitos e não podem ser alterados a meio do percurso. Uma situa��o que não pode continuar, diz Pedro Queiroz, da Fipa. A ind�stria prepara-se para renegociar os pre�os com a distribui��o e neste percurso até ao consumidor h� duas inc�gnitas: até que ponto as grandes cadeias aceitar�o o aumento de pre�os pedido pelos produtores e até onde reflectiráo essa subida no pre�o final, j� que podem reduzir margens numa estratégia de concorr�ncia. O receio do aumento dos pre�os marcou o Ver�o em toda a Europa. Mas a comiss�ria da Agricultura, Mariann Fisher Boel, j� veio dizer que Bruxelas irá estar atenta a subidas "injustificadas" dos bens alimentares. O argumento � que, nos países desenvolvidos, o custo das matérias-primas, como os cereais, apenas contribui em quatro a cinco por cento para o pre�o final dos bens de consumo. O transporte, a m�o-de-obra, o embalamento, a energia, entre outros, contribuem para o apuramento do pre�o final. Mas h� produtos em que o peso das matérias-primas tem mais import�ncia do que noutros. � o caso das farinhas, das massas, dos �leos vegetais e das ra��es, o que, por sua vez, tem reflexos nos ovos, no leite e na carne, diz Pedro Queiroz. A pecu�ria � um dos sectores onde este aumento está a ter grandes consequ�ncias. Os alimentos compostos para animais j� subiram 20 por cento, mesmo assim abaixo do crescimento dos pre�os dos cereais. "Calculamos que, com isto, haja um sobrecusto para a fileira pecu�ria europeia entre os 10 mil e os 15 mil milhões de euros", diz Jaime Pi�arra, da Associa��o Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais (IACA). Em Portugal, "a pecu�ria está descapitalizada e a situa��o � dram�tica e insustent�vel", adianta este respons�vel. "No caso do mercado da carne de su�no, a par dos aumentos dos custos, os pre�os na produ��o t�m registado uma tend�ncia de quebra devido � pressão das importa��es de porcos vivos provenientes de Espanha", acrescenta. O aumento dos pre�os dos cereais, provocados por quedas na produ��o e por uma subida exponencial da procura na China e na �ndia, está a deixar a ind�stria europeia muito preocupada. Em It�lia, j� houve manifesta��es contra o aumento do pre�o da massa, o leite subiu, a carne amea�a ir pelo mesmo caminho e h� j� receios sobre a falta de aprovisionamento de alguns bens essenciais. Mas quem mais sofrer� são os países pobres, onde o custo da matéria-prima � a componente principal do pre�o final, ao contrário dos países ricos, que podem tentar encaixar os aumentos nos outros custos.
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