Agrobiotecnologia cresce 12% ao nível. mundial em 2007 Benef�cios sociais, econ�micos e ambientais cada vez mais evidentes para países em desenvolvimento
Durante o ano de 2007, e ap�s 12 anos de utiliza��o, foram cultivados 114,3 milhões de hectares de variedades geneticamente modificadas. Este valor significa um aumento de 12% em rela��o a 2006, segundo o relatério anual do ISAAA � servi�o Internacional para a Aquisi��o de Aplica��es Agrobiotecnol�gicas, divulgado ontem. Esta área corresponde a 8% dos solos dispon�veis para agricultura em todo o mundo.
O n�mero de agricultores que beneficiou com o cultivo de variedades geneticamente modificadas (GM) aumentou de 10 para 12 milhões, em 23 países. O n�mero de países em vias de desenvolvimento (12) que utiliza a agrobiotecnologia ultrapassou o n�mero de países desenvolvidos (11), tendo a taxa de crescimento de utiliza��o triplicado no conjunto desses 12 países. Segundo o ISAAA, 90% dos utilizadores desta tecnologia são pequenos agricultores e estáo nos países em desenvolvimento.
Para além destes países produtores, outros 29 t�m j� aprovado os seus programas de regulamentação para produ��o agr�cola, importa��o e processamento de alimentos e ra��es derivadas de culturas GM.
A soja continua a ser a principal cultura GM utilizada pelos agricultores, ocupando 58,6 milhões ha, ou seja 57% da área cultivada por variedades transg�nicas. O milho, o algod�o e a colza sãos as outras tr�s culturas mais utilizadas, com 25%, 13% e 5% da área utilizada com culturas transg�nicas.
Em 2007, os Estados Unidos da Am�rica, a Argentina, o Brasil, o Canad�, a �ndia e a China foram os principais países a adoptarem a engenharia gen�tica na agricultura. O ISAAA prev� um aumento do n�mero de países utilizadores nos próximos anos, assim como de área cultivada e o n�mero especies geneticamente modificadas. Entre elas, o arroz, o trigo e beringela.
Objectivos do Desenvolvimento do Mil�nio,
agrobiotecnologia e uma agricultura mais sustent�vel
A biotecnologia poder� dar uma contribui��o importante para a concretização dos Objectivos do Desenvolvimento do Mil�nio (Millennium Development Goals), propostos pelas Na��es Unidas para reduzir para metade a fome e a pobreza nos países em desenvolvimento. Segundo o relatério do ISAAA, a contribui��o da agrobiotecnologia poder� ser de cerca de 50% até 2015, pois promove a pr�tica de uma agricultura cada vez mais sustent�vel, impulsionando aumentos na produtividade das culturas, na segurança e na sustentabilidade na produ��o e processamento de alimentos e fibras. Esses aumentos crescer�o ainda mais com a utiliza��o futura de plantas tolerantes � seca e de plantas mais nutritivas. Prev�-se que os países mais beneficiados seráo a China, �ndia e �frica do Sul.
O que se torna actualmente evidente � que a utiliza��o da Agrobiotecnologia permite:
O aumento da produtividade agr�cola, contribuindo para a segurança alimentar humana e animal, com benef�cios para os produtores, consumidores e sociedade em geral;
A conserva��o da biodiversidade, aumentando a produtividade dos 1,5 mil milhões de hectares utilizados na agricultura, reduzindo a pressão da procura de mais terrenos para a produ��o agr�cola e portanto evitando a desflorestação e o uso de áreas protegidas;
A redu��o da pegada ambiental da agricultura, contribuindo para um uso mais eficiente e menos intenso dos �inputs� externos e contribuindo, portanto, para um melhor ambiente e para a sustentabilidade da actividade agr�cola;
Mitigar os efeitos das altera��es clim�ticas na produ��o, criando variedades tolerantes � secura, ao alagamento e � saliniza��o e optimizadas para o sequestro de CO2;
Aumentar a estabilidade da produ��o devido � maior toler�ncia aos stresses bi�ticos e abi�ticos, reduzindo a probabilidade de fen�menos de fracasso agr�cola;
Melhorar os benef�cios humanos, sociais e econ�micos e contribuindo para o al�vio da pobreza nas popula��es rurais dos países em vias de desenvolvimento;
Tornar rent�vel a produ��o de biocombust�veis, reduzindo a depend�ncia dos combust�veis f�sseis e contribuindo para um ambiente mais limpo e mais saud�vel;
E assim oferecer significativos e m�ltiplos e m�tuos benef�cios para produtores, consumidores e sociedade em geral.
Segundo Pedro Fevereiro, investigador em biotecnologia vegetal e presidente do CiB � Centro de Informação de Biotecnologia, �a melhor op��o para aumentar a produ��o � combinar o melhor da agricultura e pr�tica tradicional e o melhor da biotecnologia, integrando as culturas adaptadas �s condi��es locais espec�ficas e as solu��es tecnol�gicas mais adequadas. Neste contexto, e tendo em conta a hist�ria da agricultura dos �ltimos dec�nios, a Agrobiotecnologia constitui uma importante evolu��o para a pr�tica agr�cola�.
Pa�ses e Regi�es – Destaques
A �ndia teve o maior aumento proporcional em 2007 (63%), pelo terceiro ano consecutivo, totalizando 6,2 milhões ha de algod�o biotecnol�gico, plantado por 3,8 milhões de agricultores com poucos recursos.
A China aumentou a produ��o de algod�o biotecnol�gico em 0,3 milhões de hectares. 7,1 milhões de agricultores chineses cultivaram 3,8 milhões de hectares desta planta geneticamente modificada, ou seja, 69% da área de algod�o do país. A China cultivou ainda 3.500 hectares de mam�o papaia resistente a v�rus e 250.000 choupos de crescimento r�pido resistentes a insectos que podem contribuir para uma reflorestação mais eficaz.
O Brasil teve o maior crescimento absoluto em 3.5 milhões ha, totalizando 15 milhões ha de soja tolerante a herbicida e algod�o GM. O Brasil está a emergir como l�der global da agrobiotecnologia com o potencial significativo da aplica��o da tecnologia � cana-de-a��car para a produ��o de etanol.
A �frica do Sul, o único país em �frica a produzir culturas transg�nicas, aumentou a área utilizada em 30%, totalizando 1,8 milh�o ha. Este aumento deveu-se principalmente � utiliza��o de milho branco GM para a alimenta��o.
A Europa ultrapassou a barreira dos 100 mil ha de culturas transg�nicas, com um crescimento de 77%. Em rela��o a 2006 mais dois países da União Europeia utilizaram estas plantas, sendo actualmente oito (Espanha, Fran�a, República Checa, Portugal, Alemanha, Eslov�quia, Rom�nia e Pol�nia). Espanha lidera com 70 mil ha de milho GM, verificando-se um aumento de 40% em rela��o a 2006 e perfazendo 21% da área total da cultura de milho do país. A área de milho trangúnico do conjunto dos restantes países quadruplicou de 8.700 para 35.700 ha. Portugal semeou mais de 4000 ha, triplicando a área ocupada em 2006.
A Pol�nia e o Chile iniciaram a produ��o de culturas GM em 2007. Os 23 países que actualmente beneficiam com a tecnologia da engenharia gen�tica aplicada � agricultura são os seguintes (por ordem crescente em rela��o � área cultivada): Estados Unidos da Am�rica, Argentina, Brasil, Canad�, �ndia, China, Paraguai, �frica do Sul, Uruguai, Filipinas, Austr�lia, Espanha, M�xico, Col�mbia, Chile, Fran�a, Honduras, República Checa, Portugal, Alemanha, Eslov�quia, Rom�nia e Pol�nia.
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Artigos |
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Agronotícias (14/01/2008) – UE / Biotecnologia: Agricultores europeus pedem a Dur�o Barroso que Europa autorize OGM
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Agronotícias (13/02/2008) – PTF: Quem ganha com as culturas transg�nicas?
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Fonte: CiB |
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