Uma magnólia rara está no centro de uma polémica, no Porto. Um grupo de moradores liderado pelo escritor Afonso Reis Cabral apresentou uma candidatura para a proteção da árvore ao Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, mas o organismo diz que a oposição de uma das famílias pode impedir que o processo avance
Será a maior e a mais antiga magnólia do Porto, mas permanece como tesouro escondido no pátio das traseiras de um prédio da Rua de São Vicente. Apenas por uma vez, no ano passado, as portas deste edifício residencial se abriram para que o público a pudesse admirar: nesse dia, centenas de pessoas puderam descobrir aquela que é uma das mais bonitas e imponentes árvores da cidade. A iniciativa foi promovida pelo escritor e vencedor do Prémio Leya Afonso Reis Cabral, que durante muitos anos ali viveu, na companhia desta magnólia.“Foi um evento único que deu à cidade a oportunidade de ver um ser vivo sublime e que nos transcende”, conta o autor à CNN Portugal.
Quem a conhece bem e há muito vive com ela, ganhou-lhe especial afeto. “Quando há tempestades, preocupamo-nos com ela”, diz-nos o pai do escritor, Afonso Cabral, que ainda ali mora. Quem a vê pela primeira vez rapidamente ficará com a ideia de que não está apenas perante mais uma árvore. Trata-se de uma Magnolia denudata Des, nativa da China, com mais de cem anos, que apresenta uma altura de cerca de dez metros e uma copa frondosa que nos dias de inverno se enche de inúmeras pétalas brancas e, assim, revela todo o seu esplendor.
E é precisamente por causa destas características raras e particulares que […]