São esta sexta-feira retomadas negociações sobre o acordo de exportação de cereais do Mar Negro. Ana Evans, professora de Filosofia Política na Universidade Católica, analisou um dos pontos cruciais do acordo e o que se espera do encontro.
Ana Evans, professora de Filosofia Política na Universidade Católica, explica que a Rússia tem aumentado as exigências nas negociações sobre o acordo de exportação de cereais do Mar Negro e destaca a pressão da China. As negociações vão ser retomadas esta sexta-feira, num encontro que vai decorrer em Genebra, na Suíça.
“A Rússia tem sido muito assertiva. Tem aproveitado todas as alturas de negociação de extensões do acordo para aumentar a intensidade das suas exigências”, afirma.
Na Edição da Manhã da SIC Notícias, a professora de Filosofia Política esclarece um dos “pontos centrais” do acordo – a circulação de amónia:
“Do lado russo o acordo previa que fosse restaurada a circulação de amónia através de uma conduta que vem de uma cidade russa, que tem 2500 quilómetros, a maior do mundo e que vai até aos portos do Mar Negro”.
A conduta deixou de funcionar quando a Rússia invadiu a Ucrânia, aponta, mas mantém, uma “quantidade muito grande” de amónia.
Na segunda-feira houve uma explosão na conduta em causa. A Rússia acusa a Ucrânia da autoria do ataque, refere a especialista.
Na SIC Notícias, Ana Evans salienta ainda a pressão da China no acordo de cereais, uma vez que “26% dos cereais exportados vão para a China e Turquia”.
Para as negociações, “esperamos tensão, mas que no final a Rússia acabe por ceder porque também tem pressão do lado chinês”.
Negociações retomadas
São esta sexta-feira retomadas as negociações sobre o acordo de exportação de cereais do Mar Negro. O encontro vai acontecer em Genebra, na Suíça.
A informação foi avançada por uma agência de notícias russa.
A ONU deverá estar representada pela chefe da Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento.