Especula��o       campeia nos "mercados" internacionais e agricultores Também são       v�timas         são       necess�rias outras e melhores pol�ticas agr�colas e de mercados 
De       facto, de h� algum tempo a esta parte que se regista forte especula��o       com os pre�os "de refer�ncia" nos mercados internacionais de       produtos como o Milho, o Trigo e a Soja. Situa��o que d� pretexto aos       aumentos do pre�o do P�o, e faz aumentar os pre�os da Carne e do Leite       neste caso devido aos grandes aumentos nos pre�os das ra��es do gado. 
A       forte especula��o financeira está pois em for�a no "neg�cio       agr�cola" onde exerce a sua ac��o muito especialmente através da       Bolsa de Chicago e de certos tr�mites da OMC, Organiza��o Mundial do       Com�rcio. S� por si, esta especula��o provoca instabilidade e subverte       qualquer rela��o mais objectiva entre o justo valor da mercadoria –       cereais e proteaginosas – e o respectivo pre�o de refer�ncia nos mercados       internacionais mais concorridos. 
Actualmente,       acresce a "corrida" especulativa para a utiliza��o de Milho e       de algumas oleaginosas no fabrico dos agro-combust�veis. 
Ao       mesmo tempo, a  União Europeia tem estimulado fortemente o abandono da       Produção com as ajudas previstas para as modalidades do       "poisio" (terras fora de cultivo) e com o desligamento das Ajudas       da Produção. 
No       contexto europeu, ainda pesa negativamente o chamado "Acordo de       Blair-House" celebrado entre a  União Europeia e os EUA em 1994. Nesse       acordo, recorde-se, a UE cedeu em conceder ajudas apenas até ao máximo de       500 mil hectares de oleaginosas/proteaginosas (nomeadamente Soja),       plantados em solo europeu. 
Isto       significou que os EUA ficaram, até h� pouco tempo, numa posi��o       extremamente vantajosa na produ��o e no com�rcio internacional da       prote�na vegetal para os concentrados de ra��es e que a UE aceitou ficar       "ref�m" dessa situa��o. Saliente-se que a alimenta��o animal       e a correspondente produ��o e com�rcio das ra��es concentradas, por       assim dizer, t�m sido o "n�cleo duro" das pol�ticas       agro-alimentares � escala internacional. 
No       contexto, hoje, nem sequer a deprecia��o do D�lar face ao Euro está a       ajudar pois os EUA exportam quase tudo para países fora da Europa,       sobretudo para a China. 
Agricultores       Também são v�timas
Enquanto       não são divulgadas as causas mais profundas das subidas de pre�os –       incluindo dos pre�os no consumo – a opini�o pública está a ser       manipulada para acreditar que os Agricultores � que são quem mais ganha       com a situa��o. Ora, não � nada disso que realmente se está a passar. 
Sendo       verdade que, em geral, os pre�os dos Cereais subiram bastante na       produ��o sobretudo no �ltimo ano e que se mant�m em alta, a verdade �       que, em 1990, um quilo de Milho ou de Trigo era ent�o pago pela Ex-EPAC       aos Agricultores Portugueses na base de 52$00 / Kg, portanto a 26       c�ntimos, acima mesmo do valor que hoje tem no mercado e que ronda os 25       c�ntimos / Kg ! 
Ou       seja, durante quinze anos seguidos � que foram dr�sticas as baixas dos       pre�os dos Cereais na produ��o e, ultimamente, assiste-se a uma       recupera��o mas apenas relativa dos pre�os. 
Ao       mesmo tempo, e comparativamente, aumentaram para o dobro os pre�os da       maioria dos factores de produ��o, como o gas�leo, os adubos e ra��es,       o que, de facto, acaba por estrangular financeiramente as Explora��es       Agr�colas Familiares. 
Também       não se justificam os grandes aumentos no pre�o do P�o e as constantes       "amea�as" para novos aumentos, sabendo-se que, por exemplo, a       farinha de Trigo nem 5% representa do peso final do P�o de Trigo, no       consumo. 
Outras       e melhores pol�ticas agr�colas e de mercados
Para       inverter estas nefastas tend�ncias, são necess�rias outras e melhores       pol�ticas agr�colas e de mercados, com : 
—       Ajudas ligadas ao máximo � Produção, embora "moduladas"       (reduzidas por escal�es ) e "plafonadas" ( com tectos ou limites       máximos por Agricultor); 
—       Apoios públicos significativos aos Mercados Locais e Regionais; 
—       O grande aumento da área plantada, com Ajudas, de Proteaginosas e Cereais       – não-transgúnicos – em solo Europeu; 
—       A travagem da "corrida" especulativa aos agro-combust�veis,       dando-se toda a prioridade � produ��o de cereais para consumo humano e       animal; 
—       O combate � especula��o com os pre�os de derivados dos cereais no       consumo; 
—       A sa�da da Agricultura e da Alimenta��o da OMC, Organiza��o Mundial de       Com�rcio. 
… 
Coimbra,       15 de Abril de 2008 
A       Direc��o Nacional da CNA 
                | 
 
| Apontadores                relacionados:  | 
 
| 
 Artigos   | 
 
- 
Agronotícias                     (15/04/2008)  – FAO: Falta vontade pol�tica para acabar com a fome no mundo  
- 
Agronotícias                     (15/04/2008)  – UE / Cereais: Europa tem que aumentar produ��o para fazer baixar pre�os  
- 
Agronotícias                     (14/04/2008)  – UE / Cereais: Jaime Silva lembra que Europa está a actuar para contrariar subida de pre�os  
- 
Agronotícias                     (14/04/2008)  – FAO: Factura cereal�fera dos países mais pobres continua a subir  
- 
Agronotícias                     (13/04/2008)  – FMI alerta para                    "consequ�ncias terr�veis" se pre�os dos alimentos                    continuarem a subir  
- 
Agronotícias                     (18/03/2008)  – CNA:                    Governo deve intervir para travar e compensar aumentos nos                    custos dos factores de produ��o  
 
 | 
 
| 
 S�tios   | 
 
| 
 | 
 
|                | 
 
 
| 
 Fonte:                 CNA   | 
 [                �cran anterior ]  [ Outras                notícias ] [ Arquivo ] [ Imprensa                ]   | 
 
  
 | 
Discussão sobre este post