Sobreiro � a esp�cie dominante em Portugal Dados do Invent�rio Florestal Nacional apontam para um aumento do montado de sobro
O sobreiro passou a ocupar o primeiro lugar no ranking das especies florestais em Portugal, tendo aumentado em 3,3 por cento a sua área face ao �ltimo Invent�rio Nacional Florestal (IFN). Os dados recentemente apresentados pela Direc��o Geral dos Recursos Florestais referem que a área de montado de sobro aumentou de 712,8 para 736,7 mil hectares em dez anos.
De destacar, ainda, que na regi�o do Alentejo (regi�o do país onde o sobreiro assume uma maior expressão) a área de sobreiro aumentou 8,9 por cento, passando de 439,9 para 527,2 mil hectares e em Lisboa e Vale do Tejo cresceu 11,5 por cento, de 139,8 para 155,9 mil hectares. Apenas no Algarve houve uma descida da área do sobreiro, na ordem dos 28,8 por cento, diminuindo de 39,9 para 28,4 mil hectares.
Esta informação denota que o sobreiro não foi uma esp�cie afectada pelos inc�ndios que se fizeram sentir nos �ltimos anos, ao contrário do que inicialmente se esperava. Pelo contrário o pinheiro e o eucalipto, que ocupam o segundo e terceiro lugar respectivamente, foram duas especies que sofreram significativamente, tendo visto as suas áreas florestais diminu�das.
O pinheiro, que era a esp�cie dominante em Portugal, segundo os dados do anterior IFN, passou de 976 para 710 mil hectares, o que significou uma redu��o de 28 por cento, o mesmo aconteceu com o eucalipto, embora com uma menor redu��o (3,7 por cento), decrescendo de 672 para 646 mil hectares.
No que toca ao tipo de distribui��o, o sobreiro está presente maioritariamente em povoamentos puros (onde � a �nica esp�cie presente) ocupando 591,7 mil hectares, j� nos povoamentos misto (onde o sobreiro coexiste com outras especies, nomeadamente a azinheira) representa apenas 145 mil hectares. Foi, no entanto, esta ocupa��o partilhada que fez com que inicialmente se apontasse para uma diminui��o da área de montado. Em dez anos, a área da azinheira decresceu 16 por cento.
De modo global a área florestal aumentou em Portugal na ordem dos 1,8 por cento (passou de 3349 para 3412 milhões de hectares), o que demonstra a crescente import�ncia que esta fileira assume na economia nacional. A floresta portuguesa contribui, ainda, com dez por cento das exporta��es portuguesas e em 2005 exportou 2,5 milhões de euros. No caso da ind�stria de corti�a, cuja matéria-prima prov�m do sobreiro, as exporta��es chegaram aos 838 milhões de euros � o que representa 33,4 por cento das exporta��es totais do sector florestal.
Esta nova posi��o conquistada pelo sobreiro, que passa a ser a esp�cie dominante da floresta portuguesa, leva a Associa��o Portuguesa de Corti�a (Apcor) a real�ar a import�ncia que esta fileira assume no contexto nacional e internacional. Recorde-se que Portugal �, Também, l�der mundial no que toca � área ocupada pelo sobreiro e � produ��o da corti�a e, por isso, dever� assumir um papel dinamizador na conserva��o e no crescimento desta esp�cie aut�ctone.
Para o presidente da Apcor, Ant�nio Amorim, �estes dados revelam que o sobreiro deve merecer um cuidado especial no contexto nacional, quer pela sua import�ncia econ�mica, quer social e ambiental.� Deste modo � esperamos que as pol�ticas governamentais tenham cada vez mais em aten��o esta esp�cie e que sejam levadas a cabo medidas que contribuam para a crescente representatividade da esp�cie, como sendo a certifica��o florestal, o combate aos inc�ndios, a ordena��o florestal e a realiza��o de estudos cient�ficos que permitam conhecer melhor o sobreiro.�
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Fonte: Apcor |
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