Em 2025, o IPMA marcou presença na COP 30, que se realizou em Belém do Pará, no Brasil, tendo promovido e participado num conjunto de eventos em domínios que são prioridades de investigação e inovação do instituto. A cimeira do Clima constituiu uma oportunidade de aprofundamento da cooperação com entidades congéneres de diversos países e organizações.
As três sessões organizadas pelo IPMA contaram com intervenções de diferentes oradores oriundos dos EUA, Chile, Costa Rica, França, Angola, Brasil e Nígér, que muito contribuíram para a diversificação de abordagens aos temas da meteorologia/clima, pescas e oceano. A participação do Secretário de Estado das Pescas e do Mar, Salvador Malheiro, nos eventos paralelos promovidos pelo instituto enriqueceu os mesmos.
Prosseguindo a parceria com a Woods Hole Oceanographic Institution, o IPMA associou-se, uma vez mais, à organização do Ocean Pavillion, enquanto parceiro. O espaço acolheu o evento paralelo do instituto intitulado “Carbon Services in Marine Ecosystem Accounts: Supporting the UNFCCC and the KMGB Framework”, no apresentou internacionalmente a Conta dos Serviços dos Ecossistemas Marinhos, relativa ao espaço marítimo nacional, designadamente os primeiros resultados de quantificação da absorção de carbono, em métricas físicas e económicas. Portugal demonstra, desta forma, liderança e inovação na dinâmica global para o desenvolvimento das Contas do Oceano.
No Pavilhão de Portugal, o IPMA realizou um evento focado na importância social e económica da pesca para as comunidades piscatórias, intitulado “Pesca sustentável e resiliência costeira face às alterações climáticas: contributos dos países de língua portuguesa para os compromissos da COP30”. Neste sentido, foi apresentado o Programa MOPPA – Programa de Monitorização da Pequena Pesca e Apanha, financiado pelo MAR2030, que envolve a recolha, compilação e a produção de informação determinantes para a gestão e exploração sustentável dos recursos pesqueiros e dos ecossistemas de que estes dependem. O programa é um exemplo de conjugação dos princípios da sustentabilidade com a atividade da pesca tão tradicional nas regiões costeiras do país. Este evento foi uma oportunidade de partilha de experiências e boas práticas na gestão da pequena pesca entre Portugal, Angola e Brasil, tendo incluindo visões nacional/federais, estaduais e locais de cogestão. Foi patente a importância do envolvimento das comunidades locais na gestão dos recursos e a materialização das políticas multinível no domínio da pesca.
Ainda no Pavilhão de Portugal, o IPMA organizou um outro evento paralelo, desta feita “Advancing Meteorological Science: Tools for Climate Change Resilience”, no qual mostrou o trabalho que tem vindo a desenvolver de serviços na área da meteorologia/clima para os vários sectores económicos. No decorrer da sessão foi apresentada a Plataforma Agroclimática, dedicada ao sector agroflorestal e customizada para várias fileiras. Este é um instrumento fundamental para o aumento da resiliência deste sector num contexto de mudança climática.
O IPMA foi ainda convidado a intervir na sessão realizada pelo National Institute of Oceanographic and Fisheries, do Egito, intitulada “The Role of Artificial Intelligence in Advancing Ocean Science, Sustainability, and Climate Adaptation”, que permitiu a partilha de experiências sobre o que está a ser desenvolvido por várias agências.
No plano bilateral, o Presidente do IPMA, José Guerreiro, reuniu-se com o representante da Organização Mundial de Meteorologia (OMM), Albert Fisher, com objetivo de apresentar a estratégia do instituto em termos de cooperação internacional, nomeadamente com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), bem como apresentar resultados já alcançados no âmbito de ações desenvolvidas, várias com ligação à OMM. O IPMA sublinhou a disponibilidade para continuar a participar em iniciativas promovidas pela OMM, que envolvam a capacitação técnica dos recursos humanos das entidades congéneres na CPLP, bem como o reforço e melhoria da cobertura espacial da observação meteorológica, com a instalação de sistemas autónomos de observação
Fonte: IPMA












































