A Parques de Sintra vai integrar os proprietários privados de áreas inseridas na Paisagem Cultural de Sintra na sua estratégia de monitorização e combate à Vespa velutina, também conhecida como vespa asiática — uma espécie exótica com comportamento invasor no território português que atua como predadora de insetos polinizadores e desequilibra os ecossistemas. Com este objetivo, a empresa e a Associação de Proprietários de Quintas da Serra de Sintra assinam um protocolo de colaboração na próxima terça-feira, 25 de novembro, às 10h00, no Auditório do Palácio de Monserrate, onde decorrerá, também uma sessão de esclarecimento.
A Parques de Sintra já implementou uma rede de armadilhas nas áreas sob a sua gestão e vai, agora, alargá-la às propriedades privadas, cedendo armadilhas e fornecendo o apoio necessário à sua instalação e utilização. Assim, aos cerca de 460 hectares já monitorizados pela Parques de Sintra, que correspondem a 48% do território da Paisagem Cultural de Sintra, vão juntar-se mais 130 hectares, que representam cerca de metade do total da área detida pelos membros da Associação de Proprietários de Quintas da Serra de Sintra.
João Sousa Rego, presidente do Conselho de Administração da empresa sublinha: “o estabelecimento de parcerias com associações locais é fundamental para podermos levar a cabo projetos com impacto positivo para a toda a comunidade. Com esta iniciativa, há mais 14% de território integrado na Paisagem Cultural de Sintra que passa a contar com controlo e monitorização da vespa asiática, que é fundamental para reduzir a capacidade de predação desta espécie, minimizando o seu impacto na biodiversidade e promovendo a sustentabilidade dos ecossistemas. Vamos trabalhar para envolver cada vez mais parceiros neste projeto que a todos beneficia.”
A Vespa velutina foi detetada pela primeira vez em Portugal em 2016 e rapidamente se disseminou pelo território nacional, com consequências graves para o ambiente e para a biodiversidade. A forte predação de insetos polinizadores por vespa asiática, em especial abelhas, reduz as populações destes insetos que são essenciais ao equilíbrio dos ecossistemas.
Em termos de saúde pública, a Vespa velutina é uma espécie agressiva quando incomodada, o que constitui um perigo para a segurança de pessoas e animais. O risco aumenta quando os ninhos se localizam em áreas urbanas e periurbanas densamente povoadas, onde são alvo de forte perturbação com elevados riscos para os cidadãos.
Desta forma, é fulcral adotar medidas eficazes, como a monitorização, a instalação de armadilhas e a eliminação de ninhos, de maneira a conter o avanço desta espécie no território português, recuperar o equilíbrio ecológico e minimizar os riscos para a população.
PROGRAMA
Abertura da sessão
João Sousa Rego
Presidente do Conselho de Administração da Parques de Sintra
A apicultura e o controlo da vespa asiática
Anabela Nave
INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária
Rui Peres
INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária
A importância da monitorização da vespa asiática
Álvaro Terezo
Serviço Municipal de Proteção Civil de Sintra
A estratégia da Parques de Sintra no controlo e monitorização da vespa asiática
Joyce Sanches
Diretora Técnica para o Património Natural da Parques de Sintra
Assinatura de protocolo
Parques de Sintra / Associação de Proprietários de Quintas da Serra de Sintra
Fonte: Parques de Sintra












































