Uma investigação, conduzida pela British Sugar, revelou que 69% dos adultos no Reino Unido demonstram um elevado apoio relativamente à utilização de edição genética nas práticas agrícolas do país.
O apoio é ainda mais expressivo entre os jovens da Geração Z, com 80% a mostrarem-se favoráveis às Novas Técnicas Genómicas (NTG), revelou o estudo.
A análise concluiu ainda que a sustentabilidade emergiu como o principal fator da adoção de NTG entre todas as faixas etárias, com 44% dos entrevistados a destacarem os benefícios ambientais como razão para apoiar a edição genética.
Além disso, 50% apontaram o aumento dos custos alimentares como um fator-chave, acreditando que a tecnologia pode ajudar a estabilizar os preços dos alimentos ao aumentar a eficiência das colheitas e reduzir as perdas causadas por pragas e doenças.
Apesar de um apoio maioritário, a investigação também identificou preocupações entre os entrevistados, com 38% a expressarem questões éticas e 34% a levantarem preocupações relacionadas com a saúde.
Para Dan Green, Diretor de Agricultura da British Sugar, “a importância crucial do acesso a alimentos nutritivos, acessíveis e disponíveis é uma questão que nos afeta a todos. Por isso, estamos entusiasmados por perceber que os consumidores estão a abraçar o potencial da tecnologia e da inovação, bem como o seu papel na agricultura e na alimentação do futuro”.
E continua: “este é o próximo passo para o Reino Unido se tornar líder mundial em investigação, desenvolvimento, tecnologia e inovação agrícola, seguindo uma longa jornada de avanços que ajudaram a proteger as nossas plantações, manter os preços dos alimentos justos e garantir a agricultura britânica para o futuro”.
Já o professor Steven Penfield, líder do programa Building Robustness in Crops (BRiC) do John Innes Centre, acredita que “a resiliência do abastecimento de alimentos do Reino Unido depende da capacidade dos nossos agricultores e produtores em cultivar as suas colheitas de forma sustentável e confiável. A edição genética desbloqueia a inovação agrícola, acelerando o desenvolvimento de novas variedades de culturas com maior produtividade e maior resistência a pragas e doenças, permitindo também que os agricultores reduzam o impacto ambiental das suas práticas agrícolas”.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.