A FoodChain ID, entidade originária dos Estados Unidos da América que fornece serviços de segurança alimentar, sustentabilidade, conformidade regulamentar e certificação de produtos, anunciou hoje, 17 de Outubro, o lançamento da “Norma de Agricultura Regenerativa”, uma «nova norma global para a certificação de práticas agrícolas regenerativas». Em comunicado, a entidade refere que esta norma visa «apoiar os agricultores e os seus clientes na jornada em direcção a uma cadeia de abastecimento mais sustentável» e que se trata de «uma norma de certificação independente, global e entre empresas para qualquer tipo de agricultura, seja ela convencional ou biológica, que incorpora elementos ambientais e requisitos de agricultura regenerativa para a saúde do solo e a gestão da terra».
A “Norma de Agricultura Regenerativa” foi criada pela Cosmocert S.A., uma empresa da FoodChain ID, «em colaboração com agrónomos, agricultores, académicos e indústria, segundo os princípios da norma ISO 17065», explica a FoodChain ID, indicando que «oferece níveis de certificação desde “em conversão” até aos princípios regenerativos de “especialista total”, permitindo aos agricultores progredir no seu percurso em direcção a práticas mais regenerativas». Segundo a entidade, esta norma aplica-se «a alimentos, fibras ou outros produtos agrícolas» e «é aplicável a produtores individuais ou grupos de produtores em qualquer sistema agrícola, bem como a empresas de transformação e comerciais para a cadeia de custódia e rastreabilidade».
A empresa destaca que esta «norma business-to-business proporciona credibilidade independente na progressão das práticas agrícolas regenerativas de uma exploração agrícola, para apoiar as expectativas da cadeia de abastecimento». «Além de proporcionar transparência à cadeia de valor, com princípios de cadeia de custódia e flexibilidade de auditoria com outras normas ou sistemas de certificação, a natureza faseada da norma oferece reconhecimento aos agricultores à medida que progridem para práticas regenerativas completas», afirma Chetan Parmar, SVP dos Serviços Técnicos da FoodChain ID para a Europa e Ásia, acrescentando que «a nossa nova Norma de Agricultura Regenerativa é o mais recente marco na longa história da FoodChain ID de apoio a uma cadeia de abastecimento alimentar transparente e sustentável».
Kostas Diamantopoulos, CEO da Cosmocert, defende que, «à medida que a indústria alimentar explora novas formas de criar resiliência contra as alterações climáticas, a agricultura regenerativa desempenhará um papel vital na criação de uma cadeia de abastecimento mais sustentável e na limitação do impacto ambiental da agricultura», frisando ainda que «esta nova norma de certificação global ajudará a preparar os agricultores para iniciativas de entrada à medida que o sistema alimentar avança para a descarbonização – por exemplo, o mercado de troca de créditos de carbono –, ao mesmo tempo que aumenta os métodos de agricultura regenerativa, para o bem das pessoas e do planeta». A propósito do lançamento desta norma, a FoodChain ID comenta que «a agricultura regenerativa tem por objectivo garantir solos saudáveis, aumentar a biodiversidade, restabelecer o equilíbrio dos ecossistemas e atenuar a aceleração das alterações climáticas, permitindo simultaneamente aos agricultores criar uma actividade sustentável», sendo que «quem pratica a agricultura regenerativa procura minimizar as operações mecânicas e a utilização de factores de produção, como os pesticidas, que podem causar danos ao solo, à matéria orgânica, aos sistemas hídricos e aos organismos vivos».
O artigo foi publicado originalmente em Revista Frutas Legumes e Flores.