Em entrevista ao JE, Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, sublinhou que apesar do sector se sentir “atacado e questionado” devido aos acontecimentos das últimas semanas, existem razões objetivas pelas quais os preços têm vindo a aumentar e que o Governo reconheceu o erro.
O momento é particularmente desafiante para a associação que congrega todo o retalho em Portugal, e está relacionado com uma parte importante do sector ligado ao retalho alimentar e com a medida que visa a suspensão do IVA em 44 bens alimentares, fruto de um acordo entre o Governo, distribuição e produção.
No âmbito da APED Retail Summit, que teve lugar esta quinta-feira em Lisboa e abordou as tendências e desafios para o sector do retalho (na perspetiva geoeconómica, tecnologia, pessoas, liderança e sustentabilidade), o JE entrevistou Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED).
Ao JE, este dirigente sublinhou que apesar do sector se sentir “atacado e questionado” devido aos acontecimentos das últimas semanas, existem razões objetivas pelas quais os preços têm vindo a aumentar e que o Governo reconheceu o erro.
Este é um momento particularmente desafiante para as empresas de distribuição?
Sim, neste caso para todas as empresas de distribuição e retalho. Sei que está a referir aos acontecimentos desta semana em torno do retalho alimentar, mas não podemos esquecer que a APED é muito mais do que isso e representa todo o retalho nacional na área do têxtil, calçado, moda, fashion, tecnologia, cultura, brinquedos, cosmética, etc. Temos a capacidade de agregar na mesma associação um conjunto de empresas muito relevantes que têm mais de 140 mil colaboradores, já representam mais de 12% do PIB e o desafio é de facto constante: é […]