As árvores e a blockchain têm mais em comum do que talvez imaginássemos. “Vamos criar digital twins (“gémeos digitais”) da floresta que depois nos irão permitir escalar a solução para qualquer parte do mundo”, avança ao Jornal Económico o cofundador da empresa CO2offset.
A startup portuguesa CO2offset, que desenvolveu uma tecnologia para calcular a quantidade de dióxido de carbono (CO2) que é capturado pelas zonas florestais e gerar créditos de carbono que depois são vendidos, fechou uma ronda de investimento pré-seed (inicial) no valor de 1,5 milhões de euros.
O investimento adveio da gestora de fundos de capital de risco Ged Ventures Portugal, através do Ged Tech Seed Fund – que tem estado atenta a empresas no sector do digital e energia limpa (cleantech). Aos investidores, agradou a missão de combate às alterações climáticas e oportunidade de negócio criada pela CO2offset, que caracterizam como “uma das mais promissoras startups nacionais de clean tech”.
A CO2offset nasceu em 2021, pelas mãos dos físicos Rui Lopes e Pedro Cipriano e gestores Sérgio Lorga e Rui Maia, e está sedeada em Ansião, no distrito de Leiria. A solução inovadora da empresa permite medir meticulosamente as emissões de CO2 e, depois, transacionar os créditos de carbono gerados através de smart contracts (“contratos inteligentes”), entre pessoas e/ou empresas, na blockchain.
O montante agora angariado será utilizado para desenvolver essa tecnologia, cujo principal propósito é democratizar o acesso aos créditos de carbono e recompensar os proprietários de terras, e aumentar a equipa de nove para doze pessoas. A CO2offset prevê recrutar, até […]