Tutela diz à TSF querer garantir uma utilização eficiente e propõe a criação de charcas como estratégia de armazenamento: se vão ser de uso privado ou comunitário, depende do que venha a ser aprovado. Agricultores lamentam o que dizem ser um conjunto de “conceitos genéricos”, mas aplaudem o uso de charcas.
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, avança que vai ser mesmo preciso “condicionar o uso da água” na agricultura, seja por “cultura ou hectare”, garantindo um uso eficiente da mesma numa tentativa de encontrar formas de combater a seca no país.
Em declarações à TSF, a ministra revela que vai reunir-se já a partir desta quarta-feira com “agricultores, autarcas, comissões de coordenação e investigadores da área” para perceber de que forma será feita o condicionamento.
“O que sabemos é que tem de haver padrões de consumo que sejam balizados para nos permitirmos a ter mais culturas”, adiantou desde já a governante, com a ressalva de que quando se fala de “culturas mais intensivas no uso dos fatores de produção, onde a água está incluída”, estas “muitas vezes são as que são mais eficientes”.
O grande desafio do ministério é, revela, garantir que a água é utilizada de forma eficiente e sem “perdas pelo caminho”, sendo para isso necessários “bons sistemas de distribuição da água e a capacidade de a armazenar”.
É precisamente sobre a dimensão do armazenamento que o Governo quer também trabalhar, propondo para isso um estímulo à criação de charcas, mesmo nos territórios “onde o sequeiro tem a maior parte das explorações e do território agrícolas”.
Se estas charcas serão “de uso privativo ou comunitário”, tal “vai depender do modelo que vier a ser implementado”, reconhece Maria do Céu Antunes, apesar de um “conjunto de constrangimentos, nomeadamente ambiental, em relação a estas […]