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– 10-01-2007 |
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Enoturismo: D�o Sul quer tornar Santar na Saint Emilion de PortugalViseu, 10 Jan Casimiro Gomes, um dos s�cios da D�o Sul, disse � agência Lusa acreditar h� mais de uma d�cada que "Santar tem potencial para ser a Saint Emilion de Portugal", aludindo � vila medieval francesa cercada de vinhedos e situada a 35 quil�metros de Bord�us. "Saint Emilion � uma vila que vive do turismo do vinho e não tem mais do que Santar em termos de hist�ria. Achamos que podemos ser o motor do desenvolvimento de Santar", frisou o respons�vel da D�o Sul, que produz vinhos em várias regi�es de Portugal. Fundada em 1990, a D�o Sul apostou j� no enoturismo na Quinta do Cabriz, em Carregal do Sal, onde tem um restaurante, sal�es de banquetes e uma loja de venda ao público, mas pretende agora prosseguir com um projecto mais ambicioso em Santar, onde prev� investir 10 milhões de euros nos próximos anos. "O vinho hoje não � s� uma bebida e quem o vir como tal falha estrategicamente", defendeu o engenheiro agr�nomo, considerando fundamental a sua liga��o ao patrim�nio e � cultura da regi�o, até porque o l�quido em si � produzido a pre�os mais baratos do que em Portugal em países como a Austr�lia e a Argentina. Neste caminho, a D�o Sul comprou h� dois anos, a 23 herdeiros, o Pa�o dos Cunhas (datado de 1609) e a Casa do Soito (constru�da no s�culo XVIII), que fica no interior dos seus muros, bem como 35 hectares de vinha, tendo esta j� sido recuperada nos �ltimos dois anos. Neste local, surgirá um dos p�los do projecto de enoturismo de Santar que, segundo Casimiro Gomes, "pretende agradar a toda a fam�lia e não s� a quem gosta de vinho". A necessitar de obras urgentes, o Pa�o dos Cunhas ficar� dotado de um conjunto de infra-estruturas para receber eventos de empresas. Nos talh�es de terreno � sua volta, seráo plantadas hortas de onde sairáo produtos biol�gicos para um restaurante e que Também teráo uma função did�ctica, "para que as crian�as saibam de onde surgem as couves e os alhos". A Casa do Soito, que tem um valioso recheio avaliado em mais de 1 milh�o de euros (nomeadamente armas e quadros de fam�lia), será transformada num hotel de charme, � semelhan�a dos muitos que existem em Saint Emilion. "Queremos que a sua hist�ria seja o elemento de atrac��o. não será apenas mais um espaço para dormir, porque isso faz-se em qualquer lado", explicou Casimiro Gomes. Também a Casa de Santar, um solar do s�culo XVII e XVIII propriedade da Condessa D. Tereza de Lencastre de Mello que se mant�m na mesma fam�lia h� 15 gera��es, estar� envolvida no projecto de enoturismo. A Casa de Santar, que d� nome a um dos vinhos produzidos nos 103 hectares de vinha plantada � sua volta, ligou-se h� pouco mais de meio ano � D�o Sul. "Em menos de um ano criou-se uma sintonia com a fam�lia que não � f�cil neste tipo de neg�cios", congratulou-se Casimiro Gomes, que conta com a ajuda de Pedro de Vasconcellos e Souza, conde de Santar ap�s a morte do seu pai. O espaço da adega da Casa de Santar será uma zona permanentemente virada para os clientes", com locais para restaurante e provas de vinhos. Pedro de Vasconcellos e Souza, engenheiro agr�nomo e mestre em enologia, disse � Lusa que a parte de baixo da Casa de Santar – onde se situa a capela, a cozinha velha e sala dos coches – j� � actualmente visitada por turistas, bem como os seus jardins. A fam�lia explora Também uma loja onde vende os seus vinhos. "Mas este projecto representa o futuro, porque não se pode ter uma perspectiva individual. N�s temos a hist�ria e as vinhas, porque não juntarmo-nos em vez de estarmos a puxar cada um para seu lado?", questionou. Também o conde considera que "Santar tem coisas t�o boas como Saint Emilion, t�m � de ser valorizadas". Casimiro Gomes está convencido de que as obras no Pa�o dos Cunhas, em fase final de licenciamento, podem arrancar ainda na Primavera deste ano e ficar conclu�das a tempo de comemorar os seus 400 anos, em 2009. No que respeita � Casa de Santar, numa primeira fase será constru�da a sala de jantar do restaurante nas adegas e, posteriormente, em 2008, os grandes sal�es para eventos nos pavilh�es do exterior. A D�o Sul pretende que, a partir de 2009, Santar se assuma como um espaço de identifica��o internacional do vinho portugu�s, dando o mote a outros produtores para lhe seguirem o exemplo e investirem na vila. Espanha �, "pela proximidade e porque tem uma cultura da vinha muito forte", um país que o projecto de enoturismo quer atrair. "Mas Também os países do Norte da Europa, que t�m grande poder de compra e valorizam muito o passado, e os mercados onde estamos bem instalados, nomeadamente o Brasil e os Estados Unidos", acrescentou. Casimiro Gomes disse ter a no��o de que "os próximos 10/15 anos são de investimento sem retorno", mas frisou que, "apesar dos protestos dos economistas, a D�o Sul funciona com uma estratégia de longo prazo". "�bidos s� tem a din�mica actual porque houve um projecto de d�cadas a requalificar", sublinhou. Em Santar existem actualmente poucos empregos, porque a industrializa��o nunca chegou � vila. A D�o Sul, com 25 postos de trabalho fixos, aos quais acrescem muitos mais em �pocas como as da poda e da colheita, � um dos maiores empregadores da vila. Casimiro Gomes considera que, no caso de Santar, a falta da industrializa��o acabou por ser uma vantagem, porque permitiu-lhe manter um ar de nobreza, dado pelo granito das ruas e pelos seus in�meros solares.
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