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– 31-03-2005 |
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Ambiente: Dois teráos dos ecossistemas estáo degradadosLisboa, 30 Mar O relatério de s�ntese da Avalia��o dos Ecossistemas do Mil�nio que será hoje divulgado em v�rios países, incluindo Portugal, � o primeiro de uma s�rie de documentos, produzidos por 1.300 especialistas de 95 países, que visam avaliar a situa��o dos ecossistemas a nível. global e o seu impacto no bem-estar humano. Os cientistas que participam na avalia��o consideram que as consequ�ncias da degrada��o ou m� utiliza��o de dois teráos dos serviços dos ecossistemas que suportam a vida na terra (como a �gua doce, o ar puro ou a regula��o clim�tica) j� são sentidas hoje e podem piorar significativamente nos próximos 50 anos. O aumento da preval�ncia de doen�as como a malária ou a c�lera, o aparecimento de novas enfermidades e a incapacidade de alcan�ar os objectivos de desenvolvimento do mil�nio propostos pela Organiza��o das Na��es Unidas, como a redu��o da pobreza e da fome, são algumas das consequ�ncias detectadas. Em �frica, por exemplo, 11 por cento dos doentes sofrem de malária, uma enfermidade que se tivesse sido erradicada h� 35 anos permitiria que a economia deste continente tivesse crescido 150.000 milhões de euros (mais 25 por cento). O relatério identifica tr�s problemas associados � m� gestáo dos ecossistemas globais. Primeiro, dois teráos dos ecossistemas (15 dos 24 observados) estáo degradados ou não estáo a ser usados de forma sustent�vel, incluindo �gua doce, pesca, purifica��o do ar e da �gua, regula��o do clima regional e local e catéstrofes naturais, entre outros. Parte desta degrada��o está associada ao aumento do fornecimento de outros serviços, como a alimenta��o. Segundo, existem provas de que estas altera��es iráo aumentar a probabilidade de ocorrerem mudan�as não-lineares nos ecossistemas (incluindo altera��es abruptas e potencialmente irrevers�veis) com consequ�ncias importantes para o bem-estar humano. Exemplos disto são o aparecimento de doen�as, altera��es s�bitas da qualidade do ar, surgimento de "zonas mortas" em �guas costeiras (com car�ncia de oxig�nio), colapso das pescas e mudan�as clim�ticas a nível. regional. Por �ltimo, os efeitos desta degrada��o fazem-se sentir de forma desproporcionada sobre os mais pobres, contribuindo para acentuar as desigualdades e aumentando a pobreza e os conflitos sociais. Os investigadores referem ainda que nos �ltimos 50 anos, a influ�ncia humana sobre as altera��es dos ecossistemas foi mais r�pida e extensa do que em qualquer outro período compar�vel da hist�ria e deu-se, sobretudo, para satisfazer necessidades crescentes de alimentos, �gua, madeira e combust�veis. Esta mudan�as contribu�ram para ganhos substanciais a nível. do bem-estar humano e desenvolvimento econ�mico, mas estes benef�cios foram realizados � custa da degrada��o dos serviços fornecidos pelos ecossistemas e resultaram numa perda irrevers�vel para a vida na terra. A degrada��o dos serviços dos ecossistemas pode acentuar-se durante a primeira metade deste s�culo e s� será revers�vel, parcialmente, se forem acolhidos cen�rios que envolvem mudan�as significativas nas pol�ticas, instituições e pr�ticas actuais, que os autores do estudo afirmam não estar a acontecer.
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