|
|
|
|
|
– 22-11-2003 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] [ Internacional ] |
Alc�cer do Sal : Vacaria ilegal amea�a aqu�feros da cidadeAlc�cer do Sal, 22 Nov Os automobilistas que atravessam a ponte do IP1 em Alc�cer do Sal são testemunhas deste cen�rio, e do cheiro nauseabundo proveniente do chamado Centro de Agrupamento da Ameira, situado em plena zona de protec��o sanit�ria dos aqu�feros que abastecem a cidade alentejana de Alc�cer do Sal. Mas � a popula��o Ameira quem mais sofre com a explora��o pecu�ria, onde chegam a estar mais de 700 cabe�as de gado bovino, dado que os dejectos dos animais são frequentemente arrastados, por uma linha de �gua, para os terrenos vizinhos, no outro lado da estrada do IP1. No passado m�s de Outubro, as fortes chuvadas que se abateram sobre a regi�o alentejana provocaram o arrastamento de lamas e dos dejectos para terrenos e quintais dos moradores da Ameira, e deixaram dezenas de pessoas � beira do desespero. Os serviços camar�rios procederam de imediato � remo��o das lamas e � limpeza da estrada, mas os moradores da Ameira temem que a situa��o se repita com o agravamento das condi��es climatéricas. "J� não bastava o mau cheiro e termos de ver os animais deitados naquela porcaria, dia e noite, � chuva e ao vento, agora fic�mos Também com a estrada inundada com os dejectos dos animais e com porcaria até � porta", disse � Lusa uma moradora da Ameira, que pediu o anonimato "porque não quer complica��es com ningu�m". "As pessoas que aqui moram querem vender as casas e sair daqui para fora, porque os dejectos dos animais provocam um cheiro insuport�vel e j� contaminaram os furos de �gua", corroborou outro morador, indignado com a alegada inefic�cia das autoridades que deveriam zelar pela observa��o das normas ambientais e de Saúde pública. Na sequ�ncia dos protestos e dos pareceres negativos sobre a explora��o que t�m sido sucessivamente emitidos pela C�mara de Alc�cer nos �ltimos dois anos, os Serviços Regionais de Veterin�ria do Ministério da Agricultura decidiram sequestrar a explora��o da Ameira, permitindo apenas a sa�da de animais. Em declarações � Lusa, o Director-Geral de Veterin�ria, Carlos Pinheiro, disse, quarta-feira, que o propriet�rio da explora��o j� tinha sido alvo de "dois autos por desrespeito do sequestro e um por viola��o do bem-estar dos animais". O propriet�rio do Centro de Agrupamento da Ameira, Manuel Rodrigues, garante, no entanto, que não foi multado, embora admita que os Serviços de Veterin�ria j� o informaram de que terá de retirar todos os animais até ao final do ano. Manuel Rodrigues reconhece que o Centro de Agrupamento da Ameira não tem as condi��es m�nimas, mas alega que s� ainda não transferiu os animais para uma herdade alugada – Herdade do Vale d’�gua – porque não tem o parecer favor�vel da autarquia. "A C�mara de Alc�cer exige a constru��o de um sistema de recolha de efluentes e de outras infra-estruturas que não podem ser feitas de um dia para o outro", disse � Lusa Manuel Rodrigues. "Se me dessem uma autoriza��o provis�ria para uma explora��o intensiva na herdade do Vale d’�gua, podia transferir para l� todos os animais, no espaço de uma semana, e arrancar de imediato com todo o processo de constru��o das infra-estruturas exigidas pela autarquia", acrescentou. O Presidente da C�mara de Alc�cer do Sal, Rog�rio de Brito, considera que o empres�rio Manuel Rodrigues está a colocar as questáes ao contrário, uma vez que a autarquia s� poder� dar um parecer favor�vel a uma explora��o intensiva depois de verificar que estáo cumpridos todos os requisitos sanit�rios. "não podemos correr o risco de transferir os problemas provocados pelos currais da Ameira para outro local qualquer", justificou Rog�rio de Brito. "A C�mara de Alc�cer do Sal emitiu um parecer positivo para uma explora��o extensiva, com 60 cabe�as de gado, na Herdade do Vale d’�gua, mas, pouco tempo depois, fomos confrontados com um pedido de parecer para uma explora��o intensiva, que não podemos autorizar sem a pr�via impermeabiliza��o dos solos e instala��o de um sistema de recolha de efluentes", esclareceu o edil alentejano. Confrontado com as declarações do Director-Geral de Veterin�ria, Carlos Pinheiro, que, na passada quarta-feira, acusou a C�mara de Alc�cer do Sal que nunca ter assumido de forma objectiva, que a explora��o da Ameira devia ser encerrada, Rog�rio de Brito limitou-se a dizer que a autarquia tem documentos que provam o contrário. "O Director-Geral de Veterin�ria deve ter sido mal informado", disse o presidente da C�mara de Alc�cer do Sal, acrescentando que a autarquia não s� emitiu v�rios pareceres negativos como Também alertou o ministro da Agricultura para as sucessivas tentativas de desresponsabiliza��o dos Serviços Regionais de Veterin�ria.
|
|
|
Produzido por Camares � – � 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolu��o 800 x 600 e 16 bits |
Discussão sobre este post