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– 27-01-2007 |
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Douro: Viticultores recorrem � selec��o gen�tica das castas para melhorar vinhosVila Real, 27 Jan Em 1979 foi criada a Rede Nacional da Selec��o da Videira, a partir de uma iniciativa do professor Antero Martins, do Instituto Superior de Agronomia, que contou com o apoio de Lu�s Carneiro, da Esta��o Agron�mica Nacional, e de Nuno Magalh�es, professor da Universidade de Tr�s-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Depois de 28 anos de investiga��o no melhoramento das videiras existem 50 castas em selec��o. "Na d�cada de setenta não existia em Portugal uma selec��o colonal das videiras, inclusive, nesta altura, a produ��o era muito baixa", afirmou Nuno Magalh�es � agência Lusa. Em Portugal a produ��o de vinho rondava os 30 hectolitros por ano, na Fran�a era de 70 e na Alemanha de 120 hectolitros. O objectivo da investiga��o foi seleccionar, de cada casta, os clones mais resistentes aos v�rus, com mais produ��o e mais qualidade, e determinar aqueles com mais a��car ou mais tintos. Actualmente, a maior parte das grandes empresas produtoras de vinho j� plantam as suas vinhas com material seleccionado. A Real Companhia Velha (RCV), com quatro quintas instaladas em plena Regi�o Demarcada do Douro, fez a primeira plantação com videiras seleccionadas h� 10 anos. Segundo um dos engenheiros da RCV, Rui Soares, actualmente a empresa possui 50 hectares de vinha, de um total de 500, plantados com material seleccionado. "E nas pr�ximas plantações vamos privilegiar a selec��o colonal", afirmou. Entre Fevereiro e Março, a RCV vai iniciar plantação de mais tr�s hectares, na Quinta dos Aciprestes, e cinco hectares, na Quinta das Carvalhas, localizadas na regi�o do Douro. "Estamos a utilizar material que oferece garantias quanto � despistagem de v�rus, mais qualidade e mais produ��o", salientou. Para Rui Soares, a utiliza��o de melhores castas equivale a uma produ��o de melhores uvas e, consequentemente, de melhores vinhos. A Sogrape-Vinhos come�ou a plantar videiras seleccionadas em 1988 e, actualmente, nos cerca de 500 hectares de vinha que possui no Douro, a empresa tem cerca de 100 hectares com estas castas, das quais se destacam a Touriga Nacional, a Touriga Franca, a Tinta Barroca, a Tinta Roriz ou o Tinto C�o. O primeiro passo do projecto, iniciado no final da d�cada de 70, foi a escolha dos "p�s m�e" da Touriga Nacional, uma casta que, segundo Nuno Magalh�es, era "muito boa mas que produzia muito pouco", pelo que estava quase extinta. Efectuou-se uma prospec��o em várias quintas, em todo o país, e recolheram-se entre 200 a 300 p�s das melhores videiras, que foram colocados em dois campos de experimenta��o, um na zona do D�o e outro na regi�o transmontana da Vilari�a. Nesta segunda fase, foram seleccionados 30 a 40 p�s segundo os crit�rios sanit�rios – de produ��o e de qualidade – os quais passaram para um segundo campo de experimenta��o, onde j� se verificou trabalho de laboratério e se separaram as varia��es gen�ticas das ambientais, de forma a encontrar os melhores clones que fossem Também mais resistentes ao factor climatérico. "Foram seleccionados entre oito a 12 clones que foram colocados em campos de multiplica��o e, através deles, fizeram-se os enxertos prontos que são plantados nas vinhas", frisou o respons�vel. Um dos maiores sucessos da selec��o colonal foi, segundo Nuno Magalh�es, a Touriga Nacional que estava quase extinta e agora foi reposta nas vinhas. "At� j� foi plantada em vinhas na Argentina, Africa do Sul e Austr�lia", disse. Nuno Magalh�es considera que, no in�cio do projecto, houve uma grande dinamiza��o em Portugal e que o projecto foi alargado a mais castas e mais regi�es. "Foi um trabalho conjunto de muitos t�cnicos e organismos, que contou com o apoio essencial dos viticultores privados, que deixaram recolher nas suas vinhas os p�s m�e e, depois, instal�-los em campos de experimenta��o", salientou. Para o respons�vel, com este projecto "foi poss�vel recuperar as castas e tornar a produ��o mais regular e com mais qualidade", faltando, agora, "institucionalizar todo o trabalho". Para Nuno Magalh�es, a solu��o poderia passar pela criação de uma associa��o que "tome em m�os o projecto de selec��o colonal das castas". O professor considera ainda que Portugal � um dos países onde a investiga��o da selec��o colonal "está mais evolu�da cientificamente". Segundo disse, no in�cio dos trabalhos seguiu-se a metodologia francesa, que "era mais restritiva", ou seja apostava mais nos aspectos sanit�rios e menos nos gen�ticos, o que diminu�a a biodiversidade. "Por isso verificou-se que era necess�rio alterar a metodologia e apostar mais na variabilidade gen�tica de cada casta. Cada uma está dividida em v�rios clones de cor, a��car ou quantidade", frisou. Das 320 castas portuguesas, 50 estáo neste momento em selec��o. Rui Soares considera que ainda existe falta de divulga��o da selec��o colonal da videira e, ao contrário do que grande parte dos pequenos e m�dios viticultores pensa, o pre�o de um enxerto pronto de material seleccionado � equivalente ao de um enxerto pronto de material convencional. Os enxertos prontos plantados nas vinhas são provenientes directamente da rede nacional de selec��o ou dos viveiristas. "Ainda h� muito desconhecimento", salientou o engenheiro. Admitiu, no entanto, que o balanão do material seleccionado "� muito positivo".
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