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– 07-02-2007 |
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Ind�stria: Deloitte confirma dificuldades sector tomate com altera��es produ��oUm estudo da consultora Deloitte confirma as expectativas negativas da ind�stria de transforma��o de tomate portuguesa, que receia a extin��o das f�bricas com as altera��es aos apoios aos produtores, defendidas pela Comissão Europeia. Respons�veis da Associa��o dos Industriais do Tomate (AIT) apresentaram ontem o estudo elaborado pela Deloitte cujas conclus�es apontam para uma situa��o "insustent�vel" para este sector, com a "redu��o significativa da sua dimensão". Para o secret�rio-geral da AIT, que apresentou o estudo aos jornalistas, "as conclus�es são assustadoras" pois "trata-se da extin��o da ind�stria do tomate", um risco para o qual a associa��o tem vindo a chamar a aten��o, tanto em público, como junto do ministro da Agricultura e de respons�veis da Comissão Europeia. A concretização do desligamento, total ou parcial, dos apoios relativamente � produ��o iria traduzir-se "na eliminação de cerca de 635 postos de trabalho directos e de 4.500 indirectos e na redu��o de 53 por cento das exporta��es", defende a consultora. O estudo foi feito antes da apresentação da proposta da Comissão Europeia para a Organiza��o Comum do Mercado (OCM) das frutas e dos hort�colas, mas os cen�rios tidos em conta j� pressupunham a possibilidade de um desligamento total ou parcial dos apoios. E com o desligamento os produtores recebem ajudas mesmo sem produzir, neste caso tomate, sendo o valor do subs�dio baseado nas quantidades obtidas nos anos anteriores, tendo os agricultores somente de manter os terrenos em boas condi��es. O presidente da AIT, Jo�o Ortig�o Costa, refere que, a maior parte dos produtores prefere receber o pagamento, sem ter custos, como de pessoal ou de energia, nem enfrentar riscos, como do clima. Com o abandono da produ��o do tomate em Portugal, onde a ind�stria portuguesa obt�m mais de 90 por cento da matéria-prima, as empresas poderiam procurar sobreviver através da redu��o de custos operacionais, como sal�rios ou energia, mas tal "não � poss�vel". Com a redu��o da produ��o, a tend�ncia � o pre�o do tomate aumentar no mercado internacional, factores como a energia são ex�genos � pr�pria ind�stria e diminuir os sal�rios "� inaceit�vel", situa��es a que se junta a pequena dimensão das explora��es agr�colas nacionais e as margens operacionais curtas, segundo o secret�rio-geral da AIT, Miguel Gambezes. O estudo da Deloitte salienta que "considerando as actuais margens operacionais" aquelas situa��es "podem levar ao encerramento parcial ou total da ind�stria" uma vez que "haver� menor flexibilidade em diluir custos fixos ou reagir a um aumento do pre�o da matéria-prima". A consultora reconhece que � ind�stria transformadora de tomate portuguesa "restam poucas op��es", nomeadamente "a racionaliza��o do n�mero de postos de trabalho, o que se traduz em aumento do desemprego, ou manuten��o de margens operacionais negativas", o que de qualquer modo "conduzem ao encerramento da ind�stria". E "qualquer das solu��es apresentadas acarreta graves problemas sociais, nomeadamente nas regi�es mais desfavorecidas", acrescenta. Quanto ao impacto das altera��es do regime de pagamentos nos produtores, a margem operacional passa dos actuais 13,5 por cento, correspondente a 34,4 milhões de euros de apoios, para 12,3 por cento, se o valor passar para 33,4 milhões de euros. Mas, segundo as estimativas do secret�rio-geral da AIT, que se baseia na proposta da Comissão, os apoios ao tomate seráo de cerca de 30,5 milhões de euros nos próximos anos, o que implica um decréscimo da margem operacional do produtor para nove por cento. "A motiva��o para o abandono da produ��o � elevada", defende a Deloitte. Miguel Gambezes real�ou que a ind�stria de transforma��o de tomate, com 95 por cento da actividade relacionada com concentrado, factura 130 milhões de euros e recebe cerca de mil milhões de toneladas de matéria-prima, a 34,5 euros a tonelada, existindo 748 produtores. O respons�vel frisou que esta ind�stria consegue a segunda mais elevada rentabilidade do mundo, com 80 toneladas por hectare, depois da Calif�rnia que está em segundo lugar, com 86 toneladas, E obt�m "o melhor equil�brio qualidade/pre�o na Europa, sendo a mais competitiva" pois exporta 95 por cento da sua produ��o, principalmente para países do norte europeu, mas Também para o Jap�o, estando a recuperar no mercado russo. Perante o actual risco, a op��o de virar a actividade para produtos mais transformados ou com maior valor acrescentado "não � vi�vel" porque não � poss�vel competir com os países mais centrais da Europa, por uma questáo de log�stica. Tentar encontrar solu��es no mercado nacional Também não � f�cil porque se trata de um mercado de pequena dimensão, com um consumo de 14 mil toneladas, num total de 183 mil toneladas de concentrado de tomate. O consumo em Portugal não chega a cinco quilos per capita enquanto, por exemplo em Espanha � de 16 quilos per capita A AIT representa 10 das 11 empresas de transforma��o de tomate em Portugal, sendo a mais representativa a Idal, seguida da Parmalat e da Sugal (esta com capitais portugueses).
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