O Governo italiano vai disponibilizar 3,5 milhões de euros para um projeto para reforçar a cadeia de valor agrícola e o comércio entre Moçambique e Zimbábue, indica uma nota enviada hoje à Lusa.
“Ao melhorar o acesso ao mercado, desenvolver práticas de produção e promover a colaboração transfronteiriça, o projeto pretende fortalecer as perspetivas económicas dos pequenos agricultores e das agroindústrias”, lê-se na nota enviada pela Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS).
Do total do dinheiro, Moçambique vai receber dois milhões de euros a serem aplicados em Manica, província do centro, que faz foronteira com o Zimbábue, país que, por sua vez, deverá receber os remanescentes 1,5 milhões de euros.
O montante deverá ser aplicado através do projeto de cooperação entre os dois países, designado “Desenvolvimento da Cadeia de Valor Agrícola e Comércio de Zim-Moza”, cujas “áreas de interesse” incluem a produção e comercialização de citrinos, ananás, banana, café, macadâmia, milho e diversas hortícolas,”prevendo-se uma estreita sinergia com a iniciativa do Centro Agroalimentar de Manica”, referiu a agência italiana.
De acordo com a AICS, o projeto transfronteiriço foi lançado em 14 de maio em Harare, capital do Zimbábue.
Em 13 de junho, a Itália afirmou ter uma carteira de financiamento de 300 milhões de euros de “projetos de cooperação ativos” em Moçambique, manifestando apoio ao novo executivo moçambicano em “reformas importantes”.
“Nós temos um ‘stock’ de 300 milhões de euros de projetos de cooperação ativos aqui em Moçambique. Só na província de Manica, [centro do país], vamos dinamizar o setor agrícola com um investimento de 100 milhões de euros”, disse na altura Gabriele Annis, embaixador da Itália em Moçambique.
Segundo o diplomata, dos 100 milhões de euros a investir em Manica, 38 milhões de euros serão usados para a criação de um centro agroalimentar na cidade de Chimoio, capital provincial, visando transformar a agricultura local em “agricultura industrial”.