A região vinhateira está a pedir novas regras para valorizar produção de uvas, já que o quadro regulamentar em vigor foi criado na década de 1930.
A Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, diz ao JN que está “disponível para todas as reflexões, debates e contributos que visem a modernização da atividade agrícola, bem como o reforço da sua competitividade e sustentabilidade”, em particular na Região Demarcada do Douro.
Esta semana, cerca de 30 personalidades reclamaram a adaptação aos tempos atuais do regulamento quase centenário aplicado à região, que possibilite melhorar o rendimento dos mais de 19 mil viticultores e evitar o abandono da atividade.
Os subscritores, entre os quais pessoas ligadas a grandes empresas de produção e comercialização de vinho, mas que assinaram a título individual, referem que, ao longo dos últimos 20 anos, se assistiu a uma “redução do volume das vendas de vinho do Porto”. António Filipe precisou, ao JN, que, por esse motivo, “o negócio já não consegue suportar o facto de as uvas para vinho com a Denominação de Origem Controlada (DOC) Douro estarem a ser pagas abaixo do custo de produção”. Por outro lado, exemplifica que “há 30 ou 40 anos não se ouvia falar dos vinhos DOC Douro e hoje são uma realidade absolutamente incontornável”.
Daí a necessidade de um debate alargado para se perceber como se consegue “inverter a situação de se venderem sistematicamente uvas abaixo do custo, o que depois tem o reflexo de haver preços baixos no mercado”. E isto, sublinha António Filipe, “não traduz o que é produzir no Douro, onde […]